Ex-aluna realiza projeto no Caic Santa Paulina que homenageia e valoriza professores

No Dia da Professora e do Professor (15/10), a ex-aluna Adriana Lins realizou o projeto “Minha história, minha escola” no Caic Santa Paulina, no Paranoá. A atividade foi uma linda homenagem à escola e às(aos) educadoras(es), que tiveram grande impacto em sua vida. Adriana fez questão de retornar à escola e de expressar seu reconhecimento pela importância daquele espaço escolar e pelas professoras e professores que a influenciaram a seguir o caminho do conhecimento e da transformação pessoal.

O projeto não apenas celebrou a data, mas também reforçou o valor da educação, a luta contra a exclusão e a importância do acolhimento emocional que as(os) educadoras(es) oferecem. Adriana destacou que, este ano, recebeu o diagnóstico de TDAH e autismo, e afirma que ser professora vai além de ensinar conteúdo: é ser apoio.

“O Caic foi minha primeira escola. Estudei do pré ao 4º Ano. Sou formada em tecnóloga em radiologia, pedagogia, educação física, secretariado escolar e estou cursando enfermagem. Sou aprovada no concurso de 2022 para Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal (SEEDF) para cargo de professora de radiologia em décimo lugar, esperando nomeação”, afirma Adriana.

A diretora do Caic, Oneide de Souza Ribeiro dos Santos, comemorou a realização do projeto. “Hoje foi um dia muito especial não só porque é o dia em que se comemora o Dia do Professor e da Professora, mas porque a jovem Adriana, ex-aluna do Caic, retornou à escola e pediu para fazer uma homenagem a todos nós. Ela ligou, convidou pessoas de vários lugares, comprou lembrancinhas, chamou os pais e parentes de alguns de nós. Sinto que ainda existe esperança, reconhecimento, carinho e respeito por nossa profissão. Sinto que ainda existe esperança”, afirma a diretora.

O diretor Jean Carmo reforçou a relevância de ações como essa, que fortalecem os vínculos afetivos e a territorialidade na educação. “Hoje participamos do projeto ‘Minha história, minha escola’, em que professores que foram alunos retornaram para lecionar na mesma unidade. Essa ação reforça a importância da territorialidade na educação, pois o território é muito mais que espaço físico: é lugar de memórias, emoções e pertencimento. Ensinar no mesmo lugar em que se aprendeu é um ato de amor e compromisso com a comunidade, fortalecendo os vínculos afetivos que tornam a escola um território educativo de cuidado, aprendizado e transformação”, diz.

A diretora do Sinpro, Márcia Abreu, também esteve presente e ressaltou a importância do reconhecimento público do trabalho dos educadores, especialmente em regiões periféricas, como o Paranoá. “O Sinpro foi convidado pela própria Adriana Lins, que, em conjunto com a equipe gestora, organizou uma linda homenagem ao corpo docente e à gestão da escola. Nós, do sindicato, recebemos o convite com muita gratidão e alegria. Foi um momento de reconhecimento, afeto e reafirmação da importância do trabalho de cada educadora e educador”, afirma a sindicalista.

Ela destaca ainda que “o Sinpro segue firme na defesa da valorização da carreira do magistério público e na luta por uma educação de qualidade para as filhas e os filhos da classe trabalhadora, especialmente nas periferias, como o Paranoá e Itapoã”, afirma a sindicalista.

O projeto

Iniciado no mês de outubro, o projeto “Minha história, minha escola” simboliza a valorização das professoras e dos professores e a luta por uma educação de qualidade, com foco também no ensino especial. Adriana compartilhou sua história e destacou a trajetória dela ao lado do irmão cego. Além disso, reforçou sua eterna gratidão à educação, especialmente neste mês dedicado às professoras e aos professores.