Na exposição da BDB, o público pode escrever cartas a Tereza de Benguela

A Biblioteca Demonstrativa Maria da Conceição Moreira Salles (BDB), em Brasília, em parceria com a Fundação Cultural Palmares e a Universidade de Brasília, inaugura no dia 25 de julho, às 19h, a exposição “Cartas à Tereza – Exposição de Máquinas de Escrever e Arte Afro-Brasileira”, em alusão ao Dia Nacional de Tereza de Benguela e ao Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha. A mostra poderá ser visitada de 25 de julho a 25 de agosto, das 8h às 18h, na Galeria da Biblioteca (EQS 506/507, W3 Sul).

Na abertura, o público será recepcionado com apresentação do grupo percussivo feminino Batalá, além do relançamento do livro “O Poder dos Caminhos e das Encruzilhadas”, com a escritora Jô Abreu, e participação especial de Mãe Francis de Oyá, que assina o buffet temático da noite.

Sobre a exposição Cartas à Tereza

A exposição reúne 25 máquinas de escrever antigas, distribuídas em ambiente cênico. Cada uma dessas máquinas homenageia uma mulher negra de destaque na história mundial. O público será convidado a escrever, em rolo de papel contínuo, trechos de uma carta coletiva em homenagem a Tereza de Benguela e a todas as mulheres negras. O conteúdo final será publicado no site da Fundação Cultural Palmares.

“É uma instalação viva que convida o público a escrever a muitas mãos uma carta simbólica à força ancestral de Tereza de Benguela. Cada máquina de escrever se torna uma voz, um gesto de memória e resistência coletiva”, ressalta a coordenadora cultural da Biblioteca Demonstrativa e idealizadora da exposição, Marina Mara.

Como parte da ambientação, painéis visuais e informativos destacarão a trajetória de Tereza de Benguela e sua liderança no Quilombo do Quariterê. Também estarão expostos livros raros e objetos do acervo da Fundação Cultural Palmares, reforçando o valor patrimonial e simbólico dessa coleção para a memória afro-brasileira. As máquinas de escrever fazem parte do acervo do antiquário Scaravelho objetos em cena.

A mostra integra também parte da exposição “Meu Sonho É Meu Quilombo: histórias contadas a partir do acervo da Fundação Cultural Palmares”, atualmente em cartaz na sede da instituição, com curadoria colaborativa realizada por estudantes do curso Museologia e Comunicação da Universidade de Brasília (turma 4/2025.1).