BASTA de violência nas escolas

O Sinpro repudia todo e qualquer tipo de violência contra os(as) profissionais da educação dentro e fora das escolas da rede pública de ensino do Distrito Federal. A mais recente agressão foi registrada nessa quinta-feira (22/5), contra um professor do Centro de Ensino Médio Ave Branca de Taguatinga Sul (Cemab). Para o sindicato, esse e os outros casos do tipo são reflexo direto do descaso do governo Ibaneis Rocha-Celina Leão e da secretária de Educação, Hélvia Paranaguá, com a educação pública.

No caso do Cemab, o professor foi brutalmente agredido por um estudante, dentro e fora da escola, em um episódio que escancara a ausência de políticas de valorização do exercício do magistério e desnuda a ausência de atuação da secretária de Educação por melhorias das condições de trabalho dos(as) profissionais, proteção e respeito para quem atua na escola pública.

O caso registrado na quinta-feira não é isolado. Este ano, já foram registradas agressões em outras escolas, como o Centro Educacional Vale do Amanhecer de Planaltina, a Escola Técnica de Santa Maria e em outras escolas. Para o Sinpro, a violência nas escolas é resultado de um projeto de sucateamento da educação pública, que também é promovido com a criminalização do magistério público e a negligência da realidade das comunidades escolares, sobretudo quanto à juventude.

Reafirmamos nosso compromisso com a defesa da vida, da dignidade e da valorização dos(as) educadores(as). Assim como em todos os outros casos – os quais efetivamente garantimos a segurança e integridade dos professores, estamos atuando pela proteção do docente agredido no Cemab, com o protocolo “Sinpro com você contra a violência”, que oferece apoio jurídico, psicológico e institucional.

O protocolo está alinhado à Convenção 190 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que trata da eliminação da violência e do assédio no mundo do trabalho. O Sinpro também trabalha na prevenção da violência, com a realização de campanhas e a oferta de serviços para defender a categoria, além da cobrança insistente pela adoção de ações efetivas pela Secretaria de Educação e das Coordenações Regionais de Ensino.

É urgente que haja o compromisso do governo local com a promoção de uma educação de qualidade nas unidades escolares, a valorização profissional e a realização de ações pedagógicas de acompanhamento de estudantes, especialmente os(as) do Ensino Fundamental II, etapa marcada por intensas transformações psicológicas, físicas, sociais, emocionais e comportamentais dos(as) jovens.

É preciso, ainda, investir o dinheiro público no fortalecimento da educação e na melhoria de vida das comunidades onde as escolas estão inseridas. Proteger os(as) educadores(as) é proteger toda a sociedade. A luta do Sinpro contra qualquer tipo de violência na escola é permanente: está nas campanhas salariais, nas mesas de negociação, no atendimento diário a professores(as) e orientadores(as) educacionais e na defesa intransigente de uma educação pública, gratuita, laica, democrática e de qualidade para todos e todas.

Basta! Pelo fim de todas as violências, exigimos a imediata valorização do exercício do magistério público.

Diretoria Colegiada do Sinpro-DF