A Culpa é Dele: Fora Bolsonaro – Brasil chega à triste marca de 15 milhões de desempregados

Os efeitos da política nefasta, neoliberal e antissocial do governo Bolsonaro seguem batendo recordes, mas, infelizmente, negativos. Segundo Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Contínua) realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil chegou à triste marca de 15 milhões de trabalhadores e trabalhadoras desempregados, além dos mais de seis milhões desalentados (não procuram mais emprego por não terem esperança em conseguir). É por isso que a campanha “A culpa é dele” aborda o desemprego como um dos destaques da ação do Sinpro-DF.

Segundo a pesquisa, o número de desempregados(as) tem crescido assustadoramente e o número só não é maior porque milhares de pessoas desistiram de procurar emprego. “Bolsonaro é culpado inclusive por roubar a esperança do povo. É muito triste ver que as pessoas, diante de tantos ‘nãos’, desistem de entrar no mercado de trabalho. Quando há chance de participar de uma seleção de emprego, tem gente que não tem dinheiro para pegar um ônibus e ir até o local da entrevista; ou não têm, sequer, roupa apropriada para comparecer. E muitas dessas pessoas são jovens, que poderiam estar transformando o Brasil”, comenta a diretora do Sinpro-DF Letícia Montandon.

O fato fica ainda mais crítico devido à PEC 32, que aborda a reforma Administrativa. Caso seja aprovada, a reforma aumentará ainda mais o número de brasileiros(as) sem emprego, além de destruir o serviço público, obrigando, inclusive, a população a pagar por serviços que, hoje, são totalmente gratuitos, exemplo das escolas e dos hospitais públicos. A PEC 32 acaba com o serviço público e facilita as demissões, fatos que nos mostram que teremos mais pessoas desempregadas caso ela seja aprovada.

Em uma de suas conversas com apoiadores, o presidente Bolsonaro chegou a dizer, sem nenhum pudor, que um dos motivos do desemprego no Brasil seria culpa do próprio povo, que não está preparado para fazer “quase nada”. O ex-comandante do Exército não comenta, entretanto, que a demora do governo federal para retomar políticas como o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) e o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda (Bem) produziu grave impacto negativo no cenário do mundo do trabalho.

Outro motor para o desemprego desenfreado é a ausência de investimentos públicos e a lenta vacinação contra a Covid-19. Esses dois fatores estancam a economia e, consequentemente, tendem a aumentar ainda mais a taxa de desemprego.

A culpa é dele

A campanha “A culpa é dele”, do Sinpro-DF, foi lançada no dia 19 de junho, quando o Brasil ultrapassou o número de meio milhão de pessoas mortas pela Covid-19. O objetivo da campanha é explicar à população, de forma didática, que tanto as milhares de mortes causadas pelo vírus como o desemprego, a fome, a miséria, o desalento, a crescente da violência, o medo têm um culpado: o presidente da república Jair Bolsonaro.

No lançamento da campanha, foi exposta no viaduto da rodoviária do Plano Piloto uma faixa de mais de 30 metros de largura, com os dizeres: “Mais de 500 mil mortos. A culpa é dele. Fora Bolsonaro”. Poucos minutos após a abertura do material, a polícia militar, que segue diretrizes do governo local, impôs a retirada da faixa.

Diante da gravidade do cenário e da exaustão do povo brasileiro frente ao caos em que se encontra o Brasil, o Sinpro-DF deu continuidade à campanha, reabrindo, em diversos locais do DF, essa e outras faixas que denunciam a política anti-povo de Bolsonaro.

 
 

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