6ª Marcha da Classe Trabalhadora

No dia 11 novembro, Brasília recebe uma das maiores manifestações dos trabalhadores do Brasil: a 6ª Marcha da Classe Trabalhadora. Agora, os esforços estão voltados para a mobilização dos trabalhadores que, de acordo com previsão da CUT Nacional, se somarão em 40 mil na manifestação. Na quinta-feira (29), a CUT-DF se reuniu com os sindicatos filiados para solicitar o apoio maciço de cada entidade no fortalecimento da Marcha.

De acordo com o coordenador do escritório da CUT Nacional em Brasília, Antônio Lisboa, as entidades cutistas da região e do entorno levarão cerca de 3 mil trabalhadores à 6ª Marcha da Classe Trabalhadora. Os manifestantes se reunirão às 9h, no estacionamento do estádio Mané Garrincha e descerão em passeata até o Congresso Nacional.

Nesta edição, a Marcha da Classe Trabalhadora terá como eixo principal de reivindicação a redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais sem redução dos salários. A PEC que implementa a redução (231/95) também amplia para 75% o valor das horas extras.

Também compõe a pauta conjunta das centrais sindicais a aprovação do PL 01/07, que efetiva a política de valorização do salário mínimo; a ratificação das convenções 151 e 158 da OIT; a aprovação da PEC 438, contra o trabalho escravo; a retirada imediata do PL 4302/98 e do PL 4330/04 (terceirização), a defesa do marco regulatório do pré-sal, a votação do acordo de valorização do salário mínimo e o repúdio às tentativas de criminalização dos movimentos sociais.

Pré-sal
Durante a reunião desta quinta-feira, o dirigente da Federação Única dos Petroleiros, Leopoldino Martins, solicitou o apoio dos dirigentes sindicais cutistas do DF na mobilização de suas bases para encher a audiência pública sobre o pré-sal. A atividade está agendada para o próximo dia 4, às 10h, no auditório Petrônio Portela do Senado Federal.

Durante a audiência pública, será abordado o projeto dos movimentos sociais para a nova Lei do Petróleo, que, entre outros pontos, prevê a retomada do monopólio estatal da Petrobrás sobre todo o petróleo e gás do Brasil. “As pessoas podem pensar que isso é um ponto absurdo, mas se a Petrobras comprar as ações que ela tem no mercado externo e interno, que é de 62%, ela teria muito mais lucro devido ao preço do dólar hoje baixando”, afirmou Leopoldino.

De acordo com o dirigente da FUP, o senador Paulo Paim (PT-RS) tem o intuito de colocar o projeto da FUP, dos movimentos sociais e das centrais sindicais em votação no Senado Federal. “Seria de grande importância criar este fato político e colocar ele (o PL) no Senado. Mas para isso nós precisamos encher o plenário”, disse Leopoldino.

As propostas defendidas pela FUP, centrais sindicais e movimentos sociais, estão em tramitação na Câmara dos Deputados, através do Projeto de Lei 5891/09, apresentado no dia 27 de agosto. O PL está sendo discutido conjuntamente com o projeto do governo federal para o modelo de exploração do pré-sal.