Concursos do Sinpro recebem Menção de Louvor no 3º Prêmio Paulo Freire da CLDF
O Festival de Curtas Adélia Sampaio e o Concurso de Redação do Sinpro foram agraciados com Menção de Louvor na 3ª edição do Prêmio Paulo Freire de Educação, promovido pela Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF). A cerimônia ocorreu na noite dessa terça-feira (21), no Teatro Pedro Calmon, com transmissão ao vivo pela TV Câmara Distrital e YouTube. Confira também, no final desta matéria, a lista dos premiados.

Além dos projetos, foram homenageadas as secretarias responsáveis pela realização dos dois projetos: a Secretaria de Políticas Sociais e a Secretaria de Cultura, pelo Festival de Curtas; e a Secretaria de Imprensa e Divulgação, pelo Concurso de Redação.
Nesta edição, 359 projetos receberam Moção de Louvor e Medalha, e seus respectivos autores também receberam Moção de Louvor. Desse total, 48 projetos se destacaram e receberam a Placa do III Prêmio Paulo Freire
O prêmio
O 3º Prêmio Paulo Freire de Educação é uma iniciativa da Comissão de Educação e Cultura (CEC) da CLDF, presidida pelo deputado distrital Gabriel Magno (PT), idealizador do prêmio. Nesta edição, integraram a mesa de solenidade, a deputada federal Érika Kokay (PT-DF); a secretária de Finanças da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Rosilene Corrêa Lima; a diretora da Secretaria de Finanças do Sinpro, Márcia Gilda; e a professora da Faculdade de Educação da Universidade de Brasília (UnB) e coordenadora da elaboração do Currículo em Movimento da Secretaria de Estado de Educação (SEEDF), Edileuza Fernandes da Silva.
Durante a premiação, houve discursos de autoridades políticas, sindicais e acadêmicas, como o da deputada Federal Erika Kokay (PT-DF) e de Edileusa Fernandes da Silva, professora da Universidade de Brasília (UnB), pesquisadora e ex-gestora pública na educação do DF, que ressaltaram a importância da educação pública, a necessidade de valorização dos professores e criticaram as tentativas de monitoramento e militarização nas escolas.
Rosilene Corrêa Lima, diretora da CNTE, ressaltou a importância simbólica de celebrar Paulo Freire em um contexto de intensos ataques à educação pública. Ela lembrou que o governo anterior tentou enterrar o legado do educador ao eliminar a Plataforma Paulo Freire, enquanto promovia um modelo de educação baseado no homeschooling, na militarização das escolas e na censura pedagógica do “Escola Sem Partido”. Também destacou que essas medidas fazem parte de um projeto claro da extrema direita para silenciar professores e estudantes, criminalizando a atuação docente e incentivando a violência contra a categoria.
Ela afirmou que a presença maciça de educadores, estudantes e famílias reforça a convicção de que a luta em defesa da escola pública continua firme. “Tenho orgulho em representar a categoria nacionalmente”, disse. E denunciou a precariedade de muitas escolas, que ainda hoje carecem de itens básicos como água potável e cozinhas. Por fim, a diretora da CNTE alertou para os riscos no debate sobre o novo Plano Nacional de Educação (PNE), que, segundo ela, tem sido disputado por fundações privadas interessadas em captar recursos públicos. “Os desafios estão postos, mas nossa resposta será sempre a resistência e o compromisso com uma educação pública, de qualidade e para todos”, concluiu.
Também participou da mesa de solenidade a diretora do Sinpro, Márcia Gilda, que ressaltou a relevância da valorização da escola pública e dos profissionais da educação. “É muito significativo estar ao lado de pessoas que realmente acreditam e defendem a educação pública. Como diz um pensador: importa quem está ao seu lado na guerra? – e é com essa parceria que seguimos na luta. A educação é movimento, é vida pulsando nas escolas, e esse movimento não cabe numa câmara fria. Quem está no dia a dia escolar conhece a potência do trabalho feito pelos profissionais da educação. É um trabalho maravilhoso, que precisa de investimento, não de monitoramento”, afirmou.
Ela também mencionou a luta da categoria na CLDF no dia da premiação: “Depois de uma tarde tão difícil, ouvindo tantos ataques na Câmara Legislativa ao nosso trabalho, como se tivéssemos algo a esconder, é gratificante encerrar o dia celebrando essa educação pública linda e de qualidade. O deputado Gabriel Magno tem um papel fundamental ao dar visibilidade a tantos projetos incríveis que acontecem nas nossas escolas. Hoje é dia de celebrar tudo isso”, declarou a diretora do sindicato.
A coordenadora da Secretaria de Imprensa do Sinpro, Letícia Montandon, também celebrou a homenagem, destacando a força mobilizadora dos dois projetos na rede pública de ensino do DF. “Os temas escolhidos a cada ano acompanham os temas das nossas agendas, sempre muito relevantes para a comunidade escolar. Eles são trabalhados de forma leve e natural nas escolas, gerando debates e reflexões importantes”, disse.
Ela também informou que o Sinpro decidiu inscrever os projetos no 3º Prêmio Paulo Freire pelo reconhecimento que ele representa no Poder Legislativo. “É uma iniciativa valiosa do deputado Gabriel Magno, que não apenas valoriza a educação, mas reconhece quem a constrói no dia a dia. Estamos muito satisfeitos com essa homenagem e com a sensação de dever cumprido”, declarou”.
Presidida pelo deputado Gabriel Magno, a premiação celebrou e reconheceu 359 projetos educacionais inspiradores desenvolvidos por escolas e instituições, públicas e privadas, no Distrito Federal e em outras regiões, enfatizando a pedagogia libertadora de Paulo Freire. A cerimônia incluiu apresentações culturais de estudantes e a leitura detalhada de todos os projetos homenageados em diversas categorias, culminando na entrega dos troféus de destaque e no anúncio de emendas parlamentares destinadas ao apoio financeiro desses projetos.
Educação como prática libertadora
Criado para valorizar experiências transformadoras, o Prêmio Paulo Freire reconhece profissionais da educação, estudantes, estudiosos, ativistas e instituições que se destacam na promoção do direito à educação, na implementação do Plano Distrital de Educação, na gestão democrática e em práticas pedagógicas inovadoras.
O deputado Gabriel Magno destacou a importância da premiação como ferramenta de visibilidade para as iniciativas educacionais da rede pública: “As edições anteriores do Prêmio Paulo Freire revelaram que a rede pública de ensino do Distrito Federal se alinha a um projeto educacional emancipador, democrático, inclusivo, diverso, plural, amoroso e comprometido com as aprendizagens. Como diz Paulo Freire: a escola é o espaço onde educadores e educandos aprendem juntos, em um encontro democrático e efetivo, em que todos podem se expressar”, afirmou o parlamentar.
Mais informações sobre o 3º Prêmio Paulo Freire de Educação podem ser acessados www.gabrielmagno.com.br/premiopaulofreire.
Sobre o educador Paulo Freire
Patrono da Educação Brasileira e do Distrito Federal, Paulo Reglus Neves Freire (1921–1997) foi um dos principais educadores e pensadores da pedagogia mundial. Defensor de uma educação libertadora, desenvolveu um método de alfabetização baseado na realidade dos(as) estudantes, voltado para a conscientização crítica.
Autor de obras como Pedagogia do Oprimido, Pedagogia da Esperança e Pedagogia da Autonomia, Freire influenciou gerações de educadores(as) e teve seus escritos traduzidos para mais de 20 idiomas. Recebeu o título de Doutor Honoris Causa por 28 universidades ao redor do mundo.
Confira aqui os projetos homenageados do 3º Prêmio Paulo Freire de Educação 2025.