16ª edição do Lobo Fest – Festival Internacional de Filmes – acontece no IFB Riacho Fundo

O Instituto Federal Brasília (IFB) Campus Riacho Fundo recebe a 16ª edição do Lobo Fest – Festival Internacional de Filmes, que começa nesta segunda-feira (11/11) e prossegue até sexta-feira (15). Com mostra competitiva, voto popular, oficinas de cinema e 53 curtas-metragens inéditos de 30 países, incluindo produções brasileiras realizadas entre 2023 e 2024, as sessões acontecem de segunda a sexta, a partir das 10h, no Auditório do IFB Riacho Fundo, com entrada gratuita, filmes para os públicos adulto, jovem e infantil.

Tanto a programação de filmes como a classificação indicativa das sessões deve ser consultada na página do festival www.lobofest.com.br ou nas redes sociais @‌lobofestbsb. Como parte da programação do Festival acontecem oficinas gratuitas de produção de documentário e roteiro de filmes silenciosos com vagas limitadas. Este projeto é realizado pela Tabata Filmes com o patrocínio do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal (FAC-DF). O IFB Campus Riacho Fundo fica na Av. Cedro, AE 15, QS 16 – Riacho Fundo I, ao lado do Centro Olímpico.

As sessões foram batizadas com os títulos de algumas músicas dos álbuns.  A mostra está organizada em sessões de aproximadamente uma hora de duração, com filmes agrupados por temática, linguagem e faixa etária do público. Nesta edição, o festival homenageia os álbuns Clube da Esquina (1970) e Clube da Esquina 2 (1972). “É uma oportunidade única de ver alguns dos filmes que mais impactaram os festivais internacionais e que agora estarão no IFB do Riacho Fundo”, afirma Ulisses de Freitas, que junto com Bruno Carmelo e Josiane Osorio, assina a curadoria do Lobo Fest.

São destaques desta edição do Lobo Fest as produções de cineastas de países que estão começando a se destacar no cenário internacional como o costarriquenho “Solo la Luna Comprenderá”, de Kim Torres, e o palestino “An Orange From Jaffa”, de Mohammed Almughanni. Há também produções de países com tradição como “Preparar vela” Jo-Ti Lee, de Taiwan, China, “Reviravolta”, de Mahin Sadri, Irã, e “Juro por tudo de mais sagrado”, de Sam Manacsa, Filipinas.  Entre os brasileiros, o destaque fica para “Amarela”, de André Hayato Saito, e “Minha mãe é uma vaca”, de Moara Passoni, “Júpiter”, de Carlos Segundo, “Pássaro Memória”, de Leonardo Martinelli, e “O Terno da Cigarra”, do brasiliense David Alves Mattos (2023).

Link para o trailer do curta brasiliense “O terno da Cigarra”, de David Alves Motta

Premiação

Os filmes brasileiros apresentados nas etapas do Cine Brasília e do IFB Campus Riacho Fundo participam da mostra competitiva, que terá premiação pela escolha da audiência e do júri especializado formado por Fábio Krispin, Mônica Gaspar e Tiago Aragão. O mais votado em cada categoria receberá um prêmio no valor de R$ 1.500,00 (um mil e quinhentos reais) cada, e o melhor filme nacional escolhido pelo júri receberá também um prêmio da DOT Cine para a pós-produção de um filme de curta-metragem.

Quem é quem no júri da mostra competitiva

Fábio Krispin é mestre em Teoria Literária pela Universidade de Brasília e licenciado em Letras (UnB) e História (UPIS). Atuou como professor em diversas instituições de Ensino Superior como Universidade Estadual de Goiás (Letras) e IESB (Publicidade e Jornalismo). Foi coordenador do curso de Produção Audiovisual na Faculdade UNICESP. Atuou também como tradutor de filmes e lançador de legendas eletrônicas em diversos festivais de cinema como a Mostra Internacional de Filmes de São Paulo, o Festival Internacional do Rio e diversos outros festivais e mostras independentes. Atualmente atua como produtor musical com ênfase na composição de trilhas sonoras.

Mônica Gaspar é doutoranda em Literatura e outras artes (UnB – 2023) e mestra em Artes Cênicas (UnB-2020). É atriz, escritora e diretora teatral com foco em teatro e acessibilidade, além de questões ligadas ao universo feminino e feminista. Livros publicados com outros autores: “Poeira e Batom 50 mulheres no Planalto Central” (2010), “Diversos dias” (2016) e “Projeto Pés – teatro-dança com pessoas com deficiência” (2024). Dirigiu os espetáculos acessíveis: “Diversos dias” (2013), “O improvável amor de Luh Malagueta e MC Limonada” (2016-2019), “Somos como somos e não cromossomos” (2021) e “Conversa de Drags” (2023 e 2024).

Tiago de Aragão dirigiu os curtas-metragens “Da Maior Importância” (2011), “Curió” (2014), “Entre Parentes”(2018) e “Luta Pela Terra” (2022). Seus últimos filmes circularam por festivais nacionais e internacionais. Em 2023, estreou o seu primeiro longa-metragem, “A Câmara”, no Festival Doclisboa. No momento, dirige o longa-metragem “Missão Pankararu”, em codireção com Camilla Shinoda

Oficinas gratuitas

Como parte da programação da 16ª edição do Lobo Fest – Festival Internacional de Filmes, acontecem duas oficinas gratuitas para pessoas com mais de 16 anos.

De 11 a 13 de novembro, acontece a oficina “Produção de documentário”, com o cineasta, diretor e produtor executivo Rodrigo Campos. Publicitário com mais de 15 anos de atuação, tem Formação em Cine/TV pelo CAV – Centro de Audiovisual São Bernardo do Campo, SP.; pós-graduação em Criação Visual e Multimídia, pela Universidade São Judas, SP e há 13 anos dedica-se à produção de projetos audiovisuais, trabalhando em dezenas de obras cinematográficas.

Podem se inscrever na oficina adultos e jovens a partir de 16 anos. “Produção de documentário” tem como objetivo introduzir o aluno na realização de filmes documentários experimentais, respeitando as etapas de pré-produção, produção e pós-produção. Explorar as linguagens audiovisuais e compreender as especificidades de cada função para a realização de uma obra audiovisual. É uma boa oportunidade para aprender um pouco mais sobre vídeo e cinema, sobre como realizar uma produção audiovisual e, mais do que isso, uma experiência de novas perspectivas e olhares sobre temas relevantes. As pessoas interessadas devem se inscrever pelo formulário eletrônico https://www.lobofest.com.br/oficinas

Nos dias 13 e 14 de novembro, acontece a oficina “Roteiro de cinema para filmes silenciosos”, com Ciro Inácio Marcondes, professor, crítico e pesquisador nas áreas de Histórias em Quadrinhos e Cinema. Leciona no curso de Comunicação e no Mestrado Profissional Inovação em Comunicação e Economia Criativa da Universidade Católica de Brasília. Podem se inscrever na oficina pessoas com mais de 18 anos.

A partir da experiência com o curta-metragem turco Kabuk (Concha), a oficina propõe um exercício com a linguagem de cinemas silenciosos, partindo de seus sentidos, propostas de linguagem e construções fílmicas. Será discutido como elaborar emoções, histórias e personagens sem a circunstância dos diálogos, além da exposição de um breve histórico da linguagem silenciosa no cinema. A ideia é entender o silêncio como linguagem, e pensar outros tipos de funções sonoras que não sejam falas. Depois disso, a turma vai se juntar em grupos a partir de temas pré-definidos para elaborar um argumento e possível escaleta para um curta-metragem silencioso. Os alunos deverão levar caderno e caneta, ou se possível, laptop ou tablet. As pessoas interessadas devem se inscrever pelo formulário eletrônico https://www.lobofest.com.br/oficinas

Sobre os curadores

Bruno Carmelo é crítico de cinema desde 2004, membro da ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema) e da FIPRESCI (Federação Internacional de Críticos de Cinema). Mestre em teoria de cinema pela Universidade Sorbonne Nouvelle — Paris III. Passagem por veículos como AdoroCinema, Papo de Cinema e Le Monde Diplomatique Brasil. Professor de cursos sobre o audiovisual e autor de artigos sobre o cinema.

Josiane Osorio é cineasta, presidente do Fórum Nacional dos Festivais, curadora e programadora de mostras e festivais e comissária do audiovisual na CNIC biênio 2023/2025.

Rodrigo Campos é cineasta, diretor e produtor executivo. Publicitário com mais de 15 anos de atuação. Formação em Cine / TV pelo CAV – Centro de Audiovisual São Bernardo do Campo, SP. Pós-graduado em Criação Visual e Multimídia, pela Universidade São Judas, SP. Há 13 anos dedica-se à produção de projetos audiovisuais, trabalhando em dezenas de obras cinematográficas. Diretor dos filmes “Amabile” (2020), “Nunca Estarei Lá” (2022), “Chaer: Pirata Contemporâneo” (2024). Participou da produção das Séries documentais como “Histórias secretas do pop brasileiro” (2019), do diretor André Barcinski, e “Sullivan & Massadas: retratos e canções “(2024), coproduzida pelo Globoplay e dirigida por André Barcinski e Pedro Bial.

Há mais de 20 anos, Ulisses de Freitas desenvolve atividades voltadas à crítica, difusão e divulgação do audiovisual. Participou como curador e jurado em mostras e compõe a comissão de seleção dos festivais Lobo Fest – Festival Internacional de Filmes e FIC Fantástico – Festival Internacional de Cinema Fantástico de Brasília. É responsável, também, por seleções de filmes infanto-juvenis e para crianças do espectro autista. Já integrou a comissão de seleção da Mostra Brasília do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. Participa frequentemente como mediador de debates e palestras como as do BIFF – Brazilian International Film Festival, Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, Mostra Francis Ford Copola, Mostra do Novo Cinema Indiano, Mostra do Novo Cinema Dominicano e da programação do Cinefórum, promovido pelo Instituto Cervantes. Ministrou, também, a disciplina História do Cinema Brasileiro na Escola de Cinema Darcy Ribeiro (Rio de Janeiro) e integrou a equipe de professores do curso História do Cinema Mundial. Proferiu palestras sobre análise de filmes para professores e estudantes da rede pública do DF, bem como do curso de audiovisual do Instituto Federal de Brasília. Foi programador do Cine Bangüê, da Fundação Espaço Cultural da Paraíba entre 1992 a 1995.

Sobre a Tábata Filmes

Projetos itinerantes, inclusivos e focados em temas importantes para nós e para a sociedade fazem parte do histórico da Tábata Filmes. Trouxemos para o DF um cinema de fora do circuito comercial, que encanta por sua diversidade e representatividade: tudo isso para lutar por culturas que todos possam conhecer e com as quais possamos nos identificar. Assim nos aproximamos uns dos outros e do mundo que nos cerca. Em 2014, a Tábata Filmes realizou a sétima edição do Festival Internacional de Filmes Curtíssimos, com uma circulação de aproximadamente 3 mil pessoas durante os três dias de evento e uma mostra competitiva que reuniu cerca de 90 filmes (45 nacionais). Desde então, realiza inúmeros festivais e atividades formativas para ampliar o interesse do público pelo cinema e a cadeia produtiva do cinema.

Sobre o Lobo Fest – Festival Internacional de Filmes

Nascido em Brasília, o Lobo Fest– Festival Internacional de Filmes comemora sua 16ª edição este ano, e é considerado o primeiro festival internacional de Brasília dedicado aos filmes de curtas-metragens.  O Lobo Fest tem apresentado um rico panorama mundial de curtas do cinema do presente. A mascote do festival é o lobo-guará, animal típico do Cerrado, conhecido por espalhar sementes em suas andanças, que aqui se torna um símbolo de disseminação e circulação de conteúdo.

Serviço:

16ª edição do Lobo Fest – Festival Internacional de Filmes

Etapa IFB Campus Riacho Fundo | 53 filmes de curta-metragem

45 internacionais e 8 brasileiros

Quando | de 11 a 15 de novembro

Horários das Sessões | A partir das 10h

Endereço | IFB Riacho Fundo (ao lado do centro olímpico). Av. Cedro, AE 15, QS 16 – Riacho Fundo I

Entrada | Gratuita

Classificação indicativa |verificar na programação do festival

Programação |http://instagram.com/lobofestbsb