101 anos do nascimento de Paulo Freire e a luta por uma educação inclusiva e libertadora

Neste 19 de setembro, o Brasil e o mundo comemoram os 101 anos de nascimento do educador, pedagogo e filósofo Paulo Freire (1921-1997). Atacado e vilipendiado pelo governo Jair Bolsonaro (PL), Freire e dono de uma obra reconhecida e referência em todo o planeta e adotada, sobretudo, pelos países desenvolvidos.

 

Ele é considerado o mais célebre educador brasileiro, com atuação e reconhecimento internacionais, principalmente, pelo método de alfabetização de adultos que leva o seu nome: “Método Paulo Freire”. Desenvolveu um pensamento pedagógico assumidamente político para conscientizar os(as) estudantes, principalmente, os(as) das classes menos favorecidas a entenderem sua situação de oprimido(a) e ter pensamento crítico para reagir e aptidão para agir em favor de sua libertação.

 

Freire é o terceiro pensador mais citado em faculdades de humanas pelo mundo, mas, no Brasil, tem sido atacado por Bolsonaro e seu seguidores assiduamente, justamente, porque Freire construiu um método que leva o(a) estudante a ter pensamento crítico, capaz de olhar a realidade e enxergar quem e o que o está prejudicando em suas várias dimensões sociais, econômicas, culturais, educacionais etc.

 

Em 2012, ele foi nomeado Patrono da Educação Brasileira, título que também é perseguido pelo governo bolsonarista. O seu método de alfabetização completou 59 anos, em 2022, e é um dos mais utilizados, atuais e relevantes nas discussões mundiais sobre pedagogia. Freire é estudado, por exemplo, em universidades norte-americanas, homenageado com escultura na Suécia, nome de centro de estudos na Finlândia e inspiração para cientistas em Kosovo.

 

Um levantamento do pesquisador Elliott Green, professor da Escola de Economia e Ciência Política de Londres, na Inglaterra, indica que o livro fundamental da obra do educador, “Pedagogia do Oprimido”, escrito em 1968, é o terceiro mais citado em trabalhos acadêmicos na área de humanidades em todo o mundo.

 

O Sinpro-DF tem Paulo Freire como referência deste que o sindicato foi criado e recriado, antes, durante e após a ditadura militar. Aliás, Freire foi um dos pensadores brasileiros mais perseguidos pelos militares que deram o golpe de Estado de 1964 e um dos primeiros a serem exilados. Voltou ao País após anos fora atuando em grandes universidades de outros países e organizações mundiais.

 

Este ano, em continuidade às comemorações do centenário do nascimento de Freire, o Sinpro-DF adere à luta da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) e participa da Plenária Popular Mundial da Educação, que irá ocorrer em Pernambuco, terra natal do educador e palco da continuação da celebração do centenário do nascimento de Paulo Freire.

 

O encontro mundial das trabalhadoras e trabalhadores da educação será na Universidade Federal do Estado (UFPE), no dia 19 de setembro, a partir das 9h. A atividade faz parte da Celebração do Centenário de Paulo Freire, que acontece em Recife de 17 a 20 de setembro e vai defender a memória do patrono da educação no Brasil. Em 2021, Paulo Freire faria 100 anos.

 

Convocada pela Internacional da Educação para América Latina (IEAL) e pela Rede Latino-Americana de Estudos sobre o Trabalho Docente (RED ESTRADO), na celebração do Centenário de Paulo Freire terá Encontro Rede de Mulheres Trabalhadoras da Educação da América Latina e o Movimento Pedagógico Latino-Americano – MPLA.

 

Clique no link a seguir para acessar a programação:

https://fnpe.com.br/centenariopaulofreire/2022/08/01/veja-a-nova-programacao-da-celebracao-do-centenario-de-paulo-freire/

 

Clique aqui e acesse o texto da CNTE

https://www.cnte.org.br/index.php/menu/comunicacao/posts/noticias/75266-plenaria-mundial-da-educacao-vai-defender-memoria-de-paulo-freire-o-patrono-da-educacao-no-brasil

 

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