Trabalhadores protestam em todo País contra a reforma da Previdência

A Central Única dos Trabalhadores (CUT), a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), demais centrais sindicais e movimentos sociais marcaram presença nas ruas nesta segunda-feira (19) lutando contra a reforma da Previdência de Temer, que acaba com a aposentadoria de milhões de brasileiros. Presente nas manifestações em São Paulo, o presidente da CUT, Vagner Freitas, disse que Temer não está conseguindo votar essa reforma porque não tem votos para aprovar a Emenda Constitucional que acaba com a aposentadoria. “E não tem votos por causa das nossas mobilizações. Ganhamos o debate na sociedade, não é reforma, é desmonte”, afirmou Vagner Freitas, ao avaliar as primeiras mobilizações desta manhã. “Os deputados têm medo de votar e não serem reeleitos”.
Segundo Vagner, apesar do total controle que os golpistas têm do Congresso Nacional, Temer não conseguiu até agora entregar para os patrocinadores do golpe que destituiu a presidenta Dilma Rousseff, a joia da coroa, que é a reforma da Previdência, porque os trabalhadores e trabalhadoras estão mobilizados, realizando atos, paralisações e greves, como a de 28 de abril do ano passado, uma das maiores da história do Brasil. “E a mobilização não pode parar. A qualquer momento eles podem dar mais um golpe e tentar aprovar o fim da Previdência pública”, alerta Vagner, que conclui dizendo: “conseguimos vitórias pontuais, apesar de não estarmos vivendo uma democracia plena. Impedir a votação da reforma em um momento como esse é uma grande conquista da classe trabalhadora”.
Para o secretário Geral da CUT, Sérgio Nobre, a mobilização desta segunda-feira mostra que “o povo atendeu ao chamado da Central Única dos Trabalhadores em função da possibilidade da votação da reforma da Previdência”. “Todo trabalhador metalúrgico sabe da importantância que a Previdência tem na vida de todos os trabalhadores e trabalhadoras, não só dos metalúrgicos e metalúrgicas, mas dos professores, professoras, dos bancários e bancárias, dos estudantes. A Previdência é muito mais do que aposentadoria. É um sistema de Seguridade Social que foi conquistado na luta pelos trabalhadores e agora eles querem desmontar, assim como fizeram com a legislação trabalhista”.
No Distrito Federal um grande número de trabalhadores(as), sindicatos e movimentos sociais se concentraram no Museu da República. Representantes da CUT, da CTB, da UNE, do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) estavam presentes no ato, que disse não à reforma da Previdência. Após alguns discursos houve uma caminhada dos trabalhadores e trabalhadoras até o Congresso Nacional. Vários(as) professores(es) e orientadores(as) educacionais também participaram do ato.


 
> Em São Paulo: A mobilização começou cedo. Os motoristas de Santo André, São Bernardo do Campo, Sorocaba e Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo, cruzaram os braços contra a reforma da Previdência do golpista e ilegítimo Michel Temer. Na capital paulista, um grande número de trabalhadores participaram de ato público em frente ao MASP, na Avenida Paulista.
 
> Em Recife: ato público no Parque 13 de Maio.
 
> Em Salvador (BA): os ônibus também não saíram das garagens. Protestos e greves foram realizados em vários setores e categorias. Tiveram atos em cidades como Juazeiro, Paulo Afonso, Vitória da Conquista, Itapetininga, Itabuna e Ilhéus, entre outras.
 
> Em Sergipe: os profissionais da educação estão em estado de greve desde o dia 16 de fevereiro. Nesta segunda-feira houve ato público no Palácio dos Despachos. Outras categorias também aderiram a greve: SINDASSE (Assistentes Sociais), SINDINUTRISE (Nutricionistas), SINPSI (Psicólogos), SINDIJOR (Jornalistas), SINDIJUS (Judiciário), GRUPO ATITUDE (Trabalhadores da Saúde), SINDIFISCO (Auditores), SINTRASE (Servidores), SINTER, SINTASA (Saúde), SINPOL (Policiais), SENGE (Engenheiros) e o Sindicato dos Enfermeiros.
 
> No Ceará: houve atos e paralisações em todas as regiões do estado, sendo a maior delas marcada no Centro de Fortaleza. De manhã trabalhadores caminharam pelas ruas do Centro com concentração na Praça da Bandeira.
 
> Em Natal: ato em frente a Agência do INSS, Rua Apodi, 2150 – Tirol.
 
> No Distrito Federal: as ações aconteceram durante todo o dia, culminando numa atividade conjunta entre os sindicatos e os movimentos sociais no final da tarde, no Museu da República, em Brasília.
 
> Em Santa Catarina: municípios de todo o Estado se uniram à luta contra a reforma da Previdência. Trabalhadores e trabalhadores da rede estadual de educação paralisaram as atividades nas escolas e participaram de atos e mobilizações em suas cidades.
 
> No sul: ato em frente à agência do INSS, em Criciúma, e uma mobilização também em Araranguá.
 
> Em Blumenau: ato em frente a Prefeitura, onde trabalhadores seguiram com uma passeata até o INSS.
 
> Em Chapecó: atos aconteceram durante toda a manhã para defender a previdência pública. A concentração começou em frente a uma empresa sonegadora do INSS. Em seguida os militantes se encontraram na Praça Coronel Bertaso, e em seguida realizaram ato nos Bancos Itaú e Bradesco. Além disso, nos dias 20 e 21 de fevereiro os trabalhadores do campo acamparão em frente ao INSS.
 
> Meio-Oeste: Lages fez um ato em frente ao prédio da previdência social, e em Caçador uma mobilização foi realizada no Largo Caçanjure.
 
> Em Florianópolis: o transporte coletivo ficou paralisado durante todo o dia. Os trabalhadores do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Florianópolis (Sintrasem) também aderiram à greve em defesa da aposentadoria. Desde às 9h, as centrais sindicais e entidades estão reunidas no centro da capital para fechar o comércio e os bancos. Para finalizar o dia de lutas, um grande ato foi realizado na Praça de Lutas, com uma passeata até o INSS.
 
> Em Porto Alegre: a mobilização começou às 5h, com concentração no Monumento ao Laçador, seguida de caminhada até o saguão de embarque do Aeroporto Internacional Salgado Filho. Às 7h, teve concentração na Estação Rodoviária, onde foram distribuídos panfletos para esclarecer a população sobre as mentiras espalhadas pelo governo e pela mídia tradicional. Às 8h30, teve marcha até o prédio do INSS, na Travessa Mário Cinco Paus, ao lado do Mercado Público, no centro da cidade.
 
> No Rio de Janeiro: teve ação no aeroporto Santos Dumont de manhã, no embarque dos deputados; e às 16h, ato na Candelária.
 
> Em Alagoas: ato de luta e resistência no Calçadão da rua do Comércio, no Centro de Maceió.
 
> No Amazonas: teve protesto no Distrito Industrial, zona sul de Manaus. A manifestação teve início por volta das 6h na bola da Suframa, um dos principais pontos de acesso para o Distrito.
 
> No Paraná: houve manifestação com panfletagem no Terminal Guadalupe, caminhada no centro até a Boca Maldita e aula pública sobre o que representa essa reforma da Previdência para milhões de brasileiros que não conseguirão se aposentar. Teve também paralisações em unidades da Petrobras em todo o Estado. Em Maringá (PR), manifestantes ocuparam o escritório político do ministro Ricardo Barros.
 
> Em Minas Gerais: os trabalhadores e as trabalhadoras da saúde realizaram uma grande assembleia de adesão à paralisação em Belo Horizonte.
 
> Em Pernambuco: trabalhadores da Receita Federal aderiram à paralisação em Recife.
 
Com informações da CUT