Sinpro cobra do GDF liberação para afastamento remunerado para estudos

A Secretaria de Educação do Distrito Federal deveria ter publicado no Diário Oficial do DF desta semana, a portaria contendo a relação de professores(as) e orientadores(as) educacionais aprovados na última seleção para afastamento remunerado para realização de estudos (Mestrado e Doutorado) em universidades brasileiras ou estrangeiras. Mesmo diante desta obrigação, o GDF não publicou o documento e informou que a previsão para a publicação da portaria é para 30 de agosto.
Além da maioria dos professores e orientadores já estar perdendo aulas, a SEE não conseguiu garantir sequer a liberação destes profissionais com data retroativa. Segundo os relatos recebidos pelo Sinpro, vários professores estão precisando tirar abono, folgas de TRE ou licenças para poder frequentar o mínimo de aulas. Esta é a primeira vez na história deste afastamento que a Secretaria de Educação demora tanto para homologar o resultado da seleção, fato que tem prejudicado diversos profissionais.
O Distrito Federal tem o privilégio de contar com vários mestres e doutores na rede pública de ensino, muitos deles utilizando o mesmo mecanismo de afastamento para obter uma pós-graduação. O esforço de cada professor e orientador em fazer mestrado e doutorado é devolvido à rede pública do DF, que figura entre as melhores do país pelo alto grau de formação que os professores têm. Segundo dados, mais de 70% da categoria tem pós-graduação, ocupando a primeira posição em número de mestres, doutores e especialistas no país.
O afastamento remunerado para estudos é uma das grandes conquistas do último Plano de Carreira (Lei 5.105/13, art. 12, parágrafo 3º), além de ser um direito previsto na Lei Complementar nº 840/2011. O descaso do GDF com a liberação do afastamento mostra um descaso do governo com a educação e um desrespeito com o professor, que luta diariamente por uma educação pública de qualidade.
A comissão de negociação do Sinpro continua cobrando da Secretaria de Educação agilidade na publicação da portaria para diminuir os danos obtidos por estes educadores.