Estudantes do CED 3 de Brazlândia paralisam contra reforma do Ensino Médio

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Protesto dos(as) estudantes CED 03, em Brazlândia

Mais de 50 estudantes do Ensino Médio do turno matutino do Centro Educacional 03 (CED 03), em Brazlândia, realizaram piquete e iniciaram uma greve estudantil, nesta sexta-feira (7/10), contra a Medida Provisória (MP) 746/2016 – que reformula e piora o Ensino Médio ao retirar as disciplinas filosofia, sociologia, artes, geografia e educação física do currículo escolar.
No entendimento dos (as) estudantes, a MP infringe a Constituição Federal ao retirar deles o direito ao conhecimento e, da sociedade, o de uma educação socialmente referenciada. “O objetivo dos(as) estudantes é que não haja aula em nenhum turno, incluindo aí o noturno, no qual há estudantes da EJA. É uma greve estudantil. Não irão ficar no interior da escola durante o fim de semana, mas, a partir de segunda-feira haverá piquetes com suspensão de aula contra a MP. Também planejam montar uma grade horária de aulas diferentes sobre o movimento”, afirma Alberto Ribeiro, diretor da Secretaria de Saúde do Sinpro-DF.
O diretor informa que o entendimento dos (as) estudantes é o de que o governo visa a retirar deles disciplinas importantes, de cunho esclarecedor, de acabar com a alienação. “Eles e elas avaliam que o governo não eleito visa a diminuir, com isso, a criticidade de todo o corpo discente de escolas públicas, diminuir a informação e o senso crítico”.
O CED 03 é a segunda escola pública do Distrito Federal que paralisa suas atividades pedagógicas por causa da mobilização dos (as) estudantes contra a MP do Ensino Médio. A primeira foi o Centro de Ensino Médio (CEM) 414, em Samambaia. Mais de 30 estudantes ocuparam a instituição desde terça-feira (4/10). Jucimeire Barbosa (Meire), diretora de Raça e Sexualidade do Sinpro-DF, visitou a ocupação nesta sexta-feira (7) e conta que o movimento dos estudantes está crescendo e se fortalecendo.
O Sinpro-DF tem acompanhado as ocupações e monitorar a segurança e necessidades dos estudantes em ocupação. “Os (as) estudantes têm resistido. Eles e elas contam com a presença constante dos (as) professores (as), pais e mães, e de outros (as) estudantes tanto do CEM 414 como de outras escolas. Durante as visitas, eles e elas pedem o fortalecimento do movimento deles”, conta Meire.
 
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