Votação do relatório da reforma da Previdência desmascara partidos políticos

A população brasileira pôde verificar, nessa quarta-feira (3), quem são os parlamentares que não têm nenhum compromisso com a Nação. Atrelados aos interesses do mercado financeiro, 23 deputados da bancada governista e seus partidos políticos votaram a favor de uma reforma da Previdência que desmonta a Seguridade Social e estabelece regras que irá levar a Previdência Social pública à falência.
Estudos da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) mostram que o substitutivo aprovado é tão ruim quanto o texto original e que os/as professores/as terão aposentadoria especial com prejuízos em relação ao modelo atual. Dentre os prejuízos, destacam-se a idade de 60 anos: para homens e mulheres; a paridade somente para quem optar por trabalhar até os 65 anos de idade (homens) e até 60 anos (mulheres).
Os/as demais professores/as, a partir da sanção, obedecerão a regra de percentual sobre a media salarial e fim da vinculação salarial com a carreira ativa. Com esse relatório, a integralidade só será alcançada por quem contribuir 40 anos ou para os que completarem 65 anos de idade (para quem ingressou ate 31/12/2003).
A média salarial será aplicada para todos que se aposentarem após a sanção presidencial, caso não tenham 65 anos de idade. O relatório aprovado diluiu a regra de transição e, agora, a idade mínima para se aposentar começa aos 53 anos, aumentando, gradativamente, ate os 60 anos de idade.
O efeito prático da regra de transição é que no dia da sanção, as professoras que não tiverem as condições de se aposentar (idade e tempo pela regra atual) já estarão na nova regra. Na opinião das lideranças sindicais, ou a classe trabalhadora se levanta agora ou perderá todos os seus direitos conquistados.
Clique na imagem, a seguir, e confira como cada partido político e cada deputado federal votaram na PEC 287/16, que desmonta a Seguridade Social pública brasileira, define regras que retiram o direito à aposentadoria de 90% da classe trabalhadora e estabelece diretrizes que levarão a Previdência Social pública à falência para abrir mercado aos planos de previdência privada:

Confira também o estudo da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) sobre o substitutivo aprovado nessa quarta-feira (3), na Comissão Especial da PEC 287/16 – Reforma da Previdência e veja como vai ficar a sua situação com a reforma do governo Temer.
Quadro comparativo da PEC 287/2016 – CNTE