Votação da Reforma da Previdência é adiada para maio

Após pressão dos movimentos sindical e sociais nos aeroportos e da oposição no Congresso, o governo recuou da votação do relatório final da Reforma da Previdência na Comissão Especial da Previdência, na Câmara dos Deputados.
Carlos Marun (PMDB-MS) anunciou que a votação será no dia 2 de maio. Na semana que vem, o relatório será lido e debatido entre os dias 25 e 27 de abril. O governo previa que o texto seria votado com maior antecedência, mas foi obrigado a ceder.
O sinal de alerta do governo acendeu ontem, quando perdeu uma importante votação na Casa, que definiria o pedido de urgência na tramitação da Reforma Trabalhista, também bancada pelo presidente ilegítimo Michel Temer. Além disso, pesquisas organizadas por jornais indicam que a base governamental está ruindo.
“Após muita espera, finalmente conhecemos hoje o parecer da base governista sobre a reforma da Previdência. O Governo recuou em alguns pontos, mas nem de longe representa avanço na proposta. Esse recuo só mostra a farsa do argumento técnico e econômico. Não existe rombo. A pressão das ruas tem chegado até o Governo, que começa a ficar acuado. Não vamos parar. Dia 28, vamos dar o nosso recado: nenhum direito a menos”, afirmou a deputada Luizianne Lins (PT-CE).
Arthur Maia (PPS-BA), relator da Reforma da Previdência, já anunciou que fará mudanças no texto. O parlamentar pretende reduzir a idade de aposentadoria de policiais para 55 anos e mulheres para 62 anos.