Valente tenta enganar a população

No site oficial da Secretaria de Educação do Governo do Distrito Federal, o Secretário José Valente tenta tapar o sol com a peneira, afirmando que a greve, que começa na segunda-feira, 13, não vai ter quorum. E pede para que os pais não levem seus filhos para as escolas públicas. O Secretário, contudo, não esteve na Assembléia Geral que decidiu a greve com o apoio de mais de cinco mil professores (e não os 1.600 que ele divulgou desonestamente), unidos em torno da paralisação.
Por isso o Sinpro faz um apelo em sentido contrário. A greve nasce forte e isso é garantia de que as escolas públicas vão estar paradas nesta segunda-feira, 13. Os pais não devem levar seus filhos porque os professores estarão fazendo piquetes em todas as unidades escolares do GDF. Dessa forma, essas escolas não estarão estruturadas para receber os estudantes.
Caso o governo insista com a ação ilegal de colocar professores temporários para cobrir a vaga dos efetivos, é necessário que se diga: o prejuízo pode ser de toda a população. Esses substitutos estarão pegando o bonde andando, tentando dar continuidade ao conteúdo de disciplinas que estão nas mãos de professores acostumados a seus alunos e dificuldades.
Falso apelo – Ainda no site da Secretaria de Educação, Valente afirma, em tom de chatagem, que está pedindo ao Sinpro e aos professores que esperem a solução do impasse até o mês de julho, como fez o presidente Lula com as centrais sindicais. Ora, o que o secretário não disse é que Lula está cumprindo com todos os reajustes já acertados antes da crise mundial.

É o caso da Polícia Civil que, com ou sem crise, teve seus salários reajustados. Porque então os professores têm que ter um tratamento diferenciado pelo GDF? O próprio ministro do Planejamento do governo Lula, Paulo Bernardo, com quem o governador Arruda encontrou-se nesta quarta-feira, 14, afirmou que o Governo Federal iria “manter os compromissos com os servidores”.

Ou seja, Lula não pediu a qualquer categoria que já possuía um acordo assinado, caso dos professores do GDF, como tentou sugerir Valente, que protelasse o pagamento do reajuste. E o movimento grevista, que tanto amedronta o secretário, exige apenas que o acordo, a lei 4.075/07, seja obedecido.