Subsede da Apeoesp sofre invasão e depredação na noite desta segunda

A subsede do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) em de Mogi das Cruzes, Grande São Paulo, foi invadida e sofreu depredação. O ato de vandalismo foi promovido por 15 homens e ocorreu na noite desta segunda-feira (1º/6), destruindo instalações e equipamentos da entidade.
Em nota, a Apeoesp repudiou de forma veemente a invasão e depredação da subsede, exigindo a apuração dos fatos e punição dos responsáveis.
Segundo a entidade, no momento da ocorrência, realizava-se no local uma reunião de professores e servidores municipais de oposição à direção do sindicato local, que discutiam formas de organização.
“Exigimos das autoridades a imediata apuração dos fatos, a identificação e punição dos responsáveis e de seus mandantes. A sociedade não pode calar-se diante de fatos como este. Não podemos tolerar nem aceitar a escalada de violência e de ataques à democracia, à liberdade sindical, ao direito de organização e expressão, enfim, ao Estado democrático de direito, duramente conquistado”, enfatizou a presidente da Apeoesp, professora Maria Izabel Azevedo Noronha.
O Sinpro-DF se solidariza com a luta da Apeoesp, ressaltando que atos como o acontecido em Mogi das Cruzes não podem desmobilizar a categoria. Ao contrário, devem servir de incremento à mobilização e à união dos(as) professores(as) paulistas em torno de suas reivindicações.
A categoria completa 79 dias de greve, iniciada em 13 de março. Nesta quarta-feira (3), a Apeoesp realiza nova assembleia, às 14h, no Vão Livre do MASP.
Entre outras reivindicações, os(as) professores(as) exigem reajuste salarial de 75,33%, percentual suficiente para equiparar o salário dos professores ao dos demais profissionais com ensino superior no Estado (conforme prevê a meta 17 do Plano Nacional de Educação), rumo ao piso do Dieese.
O governo estadual não apresentou proposta de aumento. Diz que divulgará um plano entre junho e julho, quando o último reajuste completar um ano.