Servidores em greve ampliam apoio parlamentar e adiam ato

IMG_0135-700x365
A Bancada do DF no Congresso Nacional reforçou o apoio aos servidores públicos do GDF e se comprometeu a agendar audiência com o governador Rodrigo Rollemberg para distensionar o processo de negociação com o funcionalismo. O anúncio foi feito em reunião nesta quarta-feira (21) com o Fórum em Defesa do Serviço Público, integrado pela maioria dos sindicatos de servidores e coordenado pela CUT Brasília, e o Movimento Unificado em Defesa do Serviço Público, que reúne entidades de servidores da Saúde.
Além do apoio dos parlamentares, as 32 categorias do funcionalismo local também aguardam a entrega de proposta de calendário para o pagamento do reajuste salarial e benefícios previstos em lei, atrasados há meses. De acordo com Rollemebrg, a proposta será entregue aos servidores até sexta-feira (23). Diante da sinalização de avanço no processo de negociação, o ato do funcionalismo local, convocado para esta quinta-feira (22), foi, provisoriamente, adiado.
“Por enquanto, temos apenas uma sinalização de que avançaremos. Diante disso, devemos continuar mobilizados, mantendo a greve das várias categorias e as decisões de paralisações já tomadas por outras. Rollemberg já descumpriu compromissos outras vezes. Não haverá ato nesta quinta-feira, mas a greve das diversas categorias continua e continua forte, ganhando cada vez mais adesões”, afirma o coordenador do Fórum em Defesa do Serviço Público e secretário geral da CUT Brasília, Rodrigo Rodrigues.
De acordo com o sindicalista, novas ações do movimento paredista unificado estão condicionadas ao que acontecerá na sexta-feira (23). “Se o governo apresentar o calendário de pagamento, vamos convocar assembleias para avaliar a proposta. Agora, se não tivermos nada, vamos intensificar a greve e discutir os próximos passos da nossa mobilização”, diz o dirigente cutista.
Durante a reunião com a Bancada do DF no Congresso, a dirigente do Sinpro-DF (Sindicato dos Professores), Rosilene Corrêa, declarou que a gestão atual do GDF não tem habilidade para governar. “Após um longo período de negociação sem qualquer resultado, analisamos que não só o governador Rollemberg, mas toda sua equipe de governo não sabe fazer uma leitura política da situação que estamos. Precisamos de uma postura de quem governa de verdade, com soluções imediatas”, reivindicou a sindicalista.
Para os parlamentares que integram a Bancada do DF no Congresso, o sentimento frente às ações de Rollemberg é de “decepção”. “Eu que fui apoiador do governador (Rollemberg) desde o início, estou decepcionado com a falta de diálogo”, declarou o deputado federal do Solidariedade, Augusto Carvalho. “Se não tem dinheiro, que prove que não tem”, provocou o senador do PSD, Hélio José, que apresenta a necessidade de o GDF dar transparência às contas públicas.
Reconstituição do Fundo
A Bancada do DF no Congresso apresentou nessa semana emenda à PLOA (Proposta de Lei Orçamentária Anual) de 2016 para reconstituir o Fundo Constitucional do DF. No adendo, os parlamentares solicitam que o governo federal destine à capital federal R$ 400 milhões para suturar o rombo previsto para a reserva de manutenção dos serviços de saúde, educação e segurança.
O relatório preliminar da PLOA provavelmente será votado no dia 10 de novembro.
Fonte: CUT Brasília