Servidores e estudantes se unem contra retrocessos

Para repudiar as medidas implementadas pelo presidente golpista e denunciar os calotes do governador Rollemberg, na manhã desta sexta (11), dia marcado para greve geral, diversas categorias do funcionalismo (professores, trabalhadores da Educação do GDF e da UnB, servidores federais de diversas áreas), cruzaram os braços e se uniram em grande ato geral, em frente ao Ministério da Educação (Mec). O ato contou com a presença de movimentos estudantis, que cobraram medidas para melhoria da educação pública no país.
Portando faixas, cartazes, tambores e fazendo muito barulho, os servidores (ligados ao Sindsep, Sintfub, Sindprev, Sinpro e SAE) deixaram claro que governos golpistas não terão sossego. Um carro de som e uma caixa amplificadora foram usados para os discursos dos dirigentes sindicais.
O secretário geral do Sindsep, Oton Pereira Neves, ressaltou que a mobilização foi importante não apenas para a classe trabalhadora, mas para o povo brasileiro. “É um momento de resistência. O governo golpista quer mudar a constituição brasileira com o objetivo de restringir direitos básicos da sociedade. O povo brasileiro precisa reagir contra esse golpe mortal”, disse.
A deputada distrital, Erika Kokay (PT/DF), marcou presença no ato e afirmou que, em um período de tamanhos retrocessos, é fundamental que a classe trabalhadora tome as ruas como forma de resistência. Ela destacou a crescente onda fascista no país, que por meio de medidas neoliberais, retiram as garantias das classes menos favorecidas e entrega o país ao capital estrangeiro. “Estamos aqui pra dizer não à essa articulação fundamentalista, fruto de um golpe, que quer entregar as riquezas do nosso país. Essas riquezas são frutos de nosso trabalho”, declarou.
Na avaliação do secretário-geral da CUT Brasília, Rodrigo Rodrigues, o dia de mobilização obteve bons resultados. Segundo Rodrigues, esse foi um momento em que os trabalhadores se mostraram unidos contra retrocessos e em defesa de seus direitos. “Continuaremos mobilizando as categorias com debates sobre os direitos que estão em jogo nas mãos do governo golpista. Faremos outros atos, outras paralisações e contamos com a participação de todos os trabalhadores”, concluiu.
Estudantes pela educação
Após engrossar o ato junto aos trabalhadores, o movimento estudantil marchou em direção à Rodoviária do Plano. Os estudantes manifestaram contra a Pec 55 (ex 241 na Câmara), que congela o investimento em educação e saúde por 20 anos, a Medida Provisória (MP) 746/2016, que trata da nefasta e tecnicista reforma do ensino médio e o projeto “Escola sem Partido”, popularmente conhecido pela alcunha de “Lei da Mordaça”, que quer cercear e censurar o debate e o pensamento crítico na educação.
Ainda como forma de protesto, o movimento estudantil ocupa o Centro Educacional 06 e 11 de Ceilândia, o Centro Educacional 03 de Brazlândia, o prédio da Reitoria, o Quilombo, a faculdade de Planaltina, os prédios da Arquitetura, Comunicação, Artes Visuais, Pavilhão João Calmon, Pavilhão Anísio Teixeira, Ciências da Informação e o Centro de Excelência em Turismo (CET), ambos na Universidade de Brasília (UnB) e os campis dos Institutos Federais de Riacho Fundo, Samambaia, Planaltina e Setor O.