Rodoviários param por cumprimento de acordo e adiantamento salarial

O descumprimento de uma cláusula do acordo trabalhista levou os rodoviários da Viação Pioneira e da Alta Viação Marechal a paralisarem as atividades entre o meio dia e as 19h desta segunda-feira (22). Mais de mil ônibus deixaram de circular no Itapoã, Paranoá, Jardim Botânico, Lago Sul, Candangolândia, Park Way, Santa Maria, São Sebastião, Gama, Guará, Águas Claras e parte de Taguatinga e Ceilândia.
Previsto no Acordo Coletivo de Trabalho, as empresas são obrigadas a realizar adiantamento salarial correspondente a 40% todo dia 20 do mês. Mas isto não ocorreu e ninguém deu satisfação à categoria.
“A resolução é bem simples: dinheiro na conta e carro na rua”, sintetizou Marco Junio, diretor do Sindicato dos Rodoviários e secretário de Comunicação da CUT Brasília.
Segundo o sindicato, as empresas firmaram um compromisso de fazer o pagamento a partir das 12h de hoje (23).
Caso isso não ocorra, os rodoviários podem paralisar novamente os serviços.
Cootarde
O sindicato dos Rodoviários reúne-se com a secretaria de Transportes do GDF nesta terça feira (23) para reivindicar o cumprimento do acordo coletivo que prevê reajuste salarial aos motoristas e cobradores da Cootarde. Caso as reivindicações não sejam atendidas, a categoria planeja nova greve, atingindo o transporte público das cidades satélites Ceilândia, Taguatinga, Gama, Santa Maria e Brazlândia.
Essas decisões aconteceram durante a assembleia do último domingo (21). “Já foram feitas cerca de doze negociações e não chegamos a nenhum acordo. Se não houver resolução, haverá novas paralisações. Já estamos em movimento de greve”, afirma o diretor-secretário do Sindicato dos Rodoviários, Diógenes José de Souza. Nova assembleia está marcada para o próximo domingo (28).
Atualmente o salário de motorista de ônibus é de R$1.607 e o salário de cobrador é de R$840. O acordo firmado previa aumento de 20% no salário e 40% no valor da cesta básica, além da redução da carga horária que atualmente é de 7h20 e melhorias nas condições de trabalho.
O constante atraso no salário dos servidores é outro problema que já ocasionou uma paralisação que durou três dias no mês de julho. O salário atrasado foi pago, mas as outras exigências não foram atendidas e na última segunda feira (15), 110 dos 150 veículos da Cootarde deixaram de circular entre 5h e meio dia.