Rodoviários ainda sofrem com injustiça, mas mantêm-se firmes na greve

A triste situação dos motoristas e cobradores da Cootarde continua. Em greve há 23 dias pelo calote nos salários e benefícios, os trabalhadores cobram os pagamentos atrasados e outros direitos negligenciados.
Além de serem passados para trás pelos patrões, os empregados da cooperativa ainda precisam lidar com a injustiça. Os quatro rodoviários detidos enquanto defendiam um companheiro de apanhar do dono de um dos ônibus durante uma manifestação, continuam presos. Enquanto que o agressor, identificado como José Ricardo Ferreira, sequer foi autuado.
Para o secretário geral do Sindicato dos Rodoviários do DF, Diógenes Nery, é inaceitável que a mídia e a polícia continuem acusando os trabalhadores pelo que aconteceu. “Nosso departamento jurídico está trabalhando para que eles sejam liberados o mais rápido possível. Enquanto isso, os verdadeiros culpados estão soltos por aí”, lamentou.
De acordo com o Sindicato dos Rodoviários (Sinttrater), a empresa prefere ir para dissídio coletivo a ter que pagar os funcionários. Uma reunião entre a Secretaria de Mobilidade do DF e a empresa, prevista para a última quarta-feira (8), foi desmarcada. A Cootarde se recusa a dialogar.
Solidariedade com o Espírito Santo
O Sindicato dos Rodoviários lamenta profundamente o assassinato do sindicalista Wallace Barão, presidente do Sindicato dos Rodoviários de Guarapari (ES).
Barão é mais uma vitima da onda de violência que acomete o Espírito Santo desde a última segunda (6).
“Nós, do Sindicato dos Rodoviários, lastimamos que mais um companheiro pague pela irresponsabilidade dos governantes em não zelar pela segurança e direitos do trabalhador. As devidas investigações devem ser feitas, para que o caso seja esclarecido”, completou Diógenes.