Reforma Trabalhista vai a Plenário no Senado. É preciso fortalecer as mobilizações e a greve do dia 30


A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou no noite desta quarta-feira (28) o projeto da reforma trabalhista (PLC 38/2017). Foram 16 votos a favor e 9 contra o relatório do senador Romero Jucá (PMDB-RR). Houve uma abstenção. A CCJ aprovou ainda um requerimento de urgência para a votação da matéria no Plenário da Casa.
A reforma trabalhista do ilegítimo Temer representa um golpe contra todos os trabalhadores e trabalhadoras do Brasil. Essa contraproposta visa a matar todos os direitos consolidados na legislação trabalhista, acabar com a organização por categorias profissionais, precarizar as relações de trabalho, por fim ao poder da convenções coletivas e aumentar a lucratividade do grande empresariado em detrimento da classe trabalhadora.
Situações absurdas como o aumento da jornada de trabalho com redução dos salários, a diminuição do horário de almoço, o fim do amparo e proteção da Justiça do Trabalho, a permissão de contratação sem carteira assinada, o fim das férias e do 13º salário, poderão se tornar realidade e nossos direitos irem parar no caixão.
Votação – Os senadores discutiram o tema durante quase 14 horas e rejeitaram todas as emendas propostas pela oposição, mantendo inalterado o texto aprovado pela Câmra dos Deputados.
Antes da votação, Romero Jucá, que também é líder do Governo, leu uma carta em que Michel Temer pede a aprovação da matéria. Para tentar convencer os parlamentares, Temer diz que “haveria a possibilidade” de vetar pontos da reforma trabalhista e editar uma medida provisória para atender às sugestões dos senadores.
O senador Humberto Costa (PT-PE) lembrou que Michel Temer foi denunciado esta semana pela Procuradoria-Geral da República pelo crime de corrupção passiva. Para o petista, Temer não teria como honrar o compromisso de vetar pontos da reforma trabalhista.
Por sua vez, o senador Paulo Paim conclamou a população a fazer “um grito silencioso do Brasil contra as reformas na sexta-feira, dia 30, numa grande mobilização”.
VEJA COMO VOTARAM OS SENADORES DA CCJ
Votos SIM:
Jader Barbalho (PMDB/PA)
Romero Jucá (PMDB/RR)
Simone Tebet (PMDB/RS)
Valdir Raupp (PMDB/RO)
Marta Suplicy (PMDB/SP)
Paulo Bauer (PSDB/SC)
Antônio Anastasia (PSDB/MG)
Ricardo Ferraço (PSDB/ES)
José Serra (PSDB/SP)
Maria do Carmo (DEM/SE)
Benedito de Lira (PP/AL)
Wilder Morais (PP/GO)
Roberto Rocha (PSB/MA)
Armando Monteiro (PTB/PE)
Eduardo Lopes (PRB/RJ)
Cidinho Santos (PR/MT)
• Votos NÃO
Eduardo Braga (PMDB/AM)
Jorge Viana (PT/AC)
José Pimentel (PT/CE)
Fátima Bezerra (PT/RN)
Gleisi Hoffmann (PT/PR)
Paulo Paim (PT/RS)
Ângela Portela (PDT/RR)
Antônio Carlos Valadares (PSB/SE)
Randolfe Rodrigues (REDE/AP)
• 1 Abstenção
Lasier Martins (PSD/RS)