Professores do Paraná decidem por nova greve a partir do dia 17

Por unanimidade, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (APP Sindicato) decidiu, durante reunião realizada nesta quinta-feira (6) em Curitiba, oficializar o início da greve da categoria para o próximo dia 17 em todo o Estado. Uma assembleia foi marcada para o dia 12 de outubro apenas para oficializar a decisão. Representantes da APP afirmam que a paralisação foi motivada depois das propostas apresentadas pelo governo Temer relacionadas à educação – como a reforma do ensino médio – e o cancelamento do reajuste do funcionalismo público paranaense, projeto já encaminhado pelo governador Beto Richa (PSDB) para votação na Assembleia Legislativa. A matéria prevê a suspensão do pagamento integral da inflação de 2016, item que foi acordado com os professores e que culminou no encerramento dos 74 dias de greve no ano passado.
De acordo com Bruno Garcia, uma das lideranças da APP Sindicato em Londrina, a PEC 241 também não é vista com bons olhos. O assunto propõe a implantação de um novo regime fiscal no Brasil, limitando assim os gastos e investimentos do poder público em diversas áreas. “A insatisfação é geral. É um grande embate que estamos travando”, comentou o representante.
A decepção foi maior depois que Richa assinou lei garantindo as alterações salariais. Sem a garantia de reajuste, a APP ‘representa parte de um setor, dentre vários, como saúde e segurança pública, que já demonstraram descontentamento com o projeto.’ A indignação foi demonstrada no plenário da Assembleia. A oposição avaliou como “calote” a posição do governo estadual.
Enquanto isso, a APP solicita sensibilização e compreensão por parte da comunidade, principalmente a escolar. “Os próprios alunos têm se mobilizado, mostrando que essa decisão, caso seja aprovada pelos deputados estaduais, prejudica a todos”, disse Garcia. A União Paranaense dos Estudantes Secundaristas (Upes) agendou encontrou para esta sexta-feira (7), na Concha Acústica, para decidir sobre uma possível greve da classe estudantil.
O Sinpro-DF é solidário à luta dos professores paranaenses e compartilha da luta contra a reforma do ensino médio e à PEC 241. A educação e os educadores merecem respeito e valorização.