Professores começam a fazer curso pioneiro de socioeducação

O Ministério da Educação, por meio da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi), e a Universidade de Brasília (UnB) deram início, em julho último, a curso pioneiro em aperfeiçoamento em docência na socioeducação. A iniciativa tem o apoio da Secretaria de Direitos Humanos (SDH) da Presidência da República e do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.
O curso é direcionado a professores da rede pública de educação básica, com curso superior completo, que trabalham com adolescentes autores de atos infracionais e em cumprimento de medidas socioeducativas. Com o curso, os professores têm a oportunidade de evolução pessoal e na atuação profissional, a partir da atualização e do aprofundamento teóricos, conceituais e metodológicos. Esse processo ocorre de forma articulada com as peculiaridades da política socioeducativa e com base nos parâmetros do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase) da SDH.
Para a secretária de educação continuada, alfabetização, diversidade e inclusão, Macaé Evaristo, o curso em docência na socioeducação é uma experiência inovadora. “Promoverá o fortalecimento do atendimento educacional a adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas e contribuirá para a inclusão educacional”, afirmou.
Entre os professores indicados para participar do curso está Abadio Aparecido de Oliveira. Ele atua na área de humanas em uma unidade de internação provisória em Brasília e leciona antropologia, sociologia e filosofia em instituição de educação superior de Unaí, município mineiro do Entorno do Distrito Federal. O professor ressalta a importância do aperfeiçoamento e a oportunidade de acréscimo de conhecimentos científicos para a identidade profissional. “Espero que na interação com o adolescente possamos produzir questionamentos, inquietações e diálogos que provoquem quebras de paradigmas, instiguem a produção de perguntas próprias e a franca ousadia em acreditar e empreender movimento na construção das próprias respostas”, disse.
Indicação — A inscrição no curso foi condicionada à indicação pelas secretarias de Educação dos estados e do DF. As vagas, restritas a professores vinculados às unidades federativas contempladas nesta primeira oferta — Bahia, Maranhão, Minas Gerais, Pará, São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Distrito Federal.
Com carga horária de 216 horas, o curso é realizado na modalidade semipresencial, em ambiente virtual de aprendizagem, com apoio das secretarias de Educação participantes e de seus polos de apoio.
(Do MEC)