Professor de Ceilândia usa a música para transformar a educação; projeto ultrapassa os muros da escola

A música tem poder de aflorar emoções, agregar pessoas e transformar vidas. No Centro de Ensino Fundamental 26 de Ceilândia, ela tem unido a comunidade escolar no Festival de Música e Dança da escola e contribuído para a formação e o desenvolvimento de estudantes.

Ao longo do ano, sob orientação do professor de História e de Música Wellington Torquato, os(as) alunos(as) estudam desde o processo mais simples da musicalidade até questões mais avançadas, como sua história, leitura rítmica e outras temáticas. O aprendizado é apresentado a colegas, professores(as), pais e mães durante o festival do CEF 26.

 

Professor Wellington Torquarto com alunos do CEF 26 de Ceilândia

 

A dedicação dos estudantes fez com que a harmonia transcendesse os muros da escola. Em novembro do ano passado, a banda do CEF 26 ganhou o VII Festival de Música das Escolas Públicas de Ceilândia, com canção que homenageia a cidade. Composta por alunas da própria instituição de ensino, a música “Vozes de Ceilândia” trata, entre outros pontos, sobre a resiliência do povo ceilandense.

Após a vitória do grupo − formado majoritariamente por meninas e um estudante com Transtorno do Espectro Autista (TEA) −, o professor Torquato decidiu que a música apresentada no Festival tinha potencial para ir além. O educador levou a banda para estúdio, gravou e produziu canção, que foi divulgada no Youtube.

 

 

A música foi lançada próximo à data de aniversário de Ceilândia e se transformou em uma homenagem ao epicentro cultural do DF. “As meninas fizeram a música sem pretensão nenhuma e conseguiram produzir um trabalho magnifico”, disse o professor.

Para Torquato, que usa o tempo de coordenação pedagógica para ensinar música no CEF 26, é fundamental dar continuidade ao projeto.  “A música tem se mostrado um instrumento importante na manutenção de vínculos entre a escola e estudantes. Muitos alunos saem daqui, mas não se afastam por completo, pois veem na música a oportunidade de retornar”, afirmou.

Edição: Vanessa Galassi