Assembleia de início de greve mostra a força da categoria

A greve de professores(as) e orientadores(as) educacionais da rede pública do DF começou nesta quinta-feira, 4 de maio, com uma assembleia vigorosa no estacionamento da Funarte.

A comissão de negociação informou que a reunião com as secretarias de Economia e de Educação do GDF, que aconteceu na última terça-feira (02), assegurou que a mesa de negociação será permanente durante a greve. Uma nova reunião deve ser agendada para tratar de itens referentes à reestruturação da carreira. Na ocasião, a comissão de negociação reafirmou ao governo que a categoria está mobilizada e o movimento de greve está crescendo.

A comissão informou também que continua visitando os gabinetes da Câmara Legislativa para fortalecer o processo institucional de negociação e a garantia do direito de greve para todos os profissionais do magistério, especialmente aqueles e aquelas em regime de contratação temporária. Destacou também que, como o calendário escolar está suspenso, qualquer reposição de paralisação e de dia letivo móvel está suspensa durante a greve, até a discussão do calendário escolar no final da greve.

Nas suas intervenções, educadores e educadoras lembraram das condições de trabalho precárias que resultaram da política de sucateamento do governo Ibaneis. Turmas superlotadas, desmonte da EJA (Educação de Jovens e Adultos) e do ensino especial, atrasos no repasse do PDAF, comprometimento das atividades pedagógicas por falta de estrutura e de pessoal. Tudo isso se soma à desvalorização dos e das profissionais da educação, que estão com seus salários congelados há 8 anos. O governador respondeu a esse problema com 6% de reajuste em 2023, que sequer cobre as perdas do último período.

A partir de agora, a mobilização deverá se intensificar cada vez mais! É muito importante que cada professor(a) e orientador(a) educacional converse com seus colegas, com a comunidade escolar, para que o máximo de escolas possível paralise suas atividades. Vamos mostrar nossa força ao governo. A saída da greve está nas mãos do Ibaneis!

Por isso, a assembleia aprovou um calendário de lutas que tem o objetivo de fortalecer e ampliar a mobilização. Nesta sexta-feira, 05, haverá assembleias regionalizadas nas cidades às 9h, para eleger os integrantes do Comando Geral de Greve. Confira abaixo os locais das assembleias. Na noite de sexta acontecerá a primeira reunião do Comando.

Outras ações serão propostas pelo Comando Geral de Greve, com atividades centralizadas e nas cidades

A assembleia geral também aprovou uma moção de repúdio contra as declarações antigreve dadas pelo presidente da Aspa – Associação de Pais de Alunos das Instituições de Ensino do Distrito Federal – (leia abaixo); e, ao final, professores(as) e orientadores(as) educacionais saíram em passeata até o Palácio do Buriti mostrar a força do nosso movimento!

Juntos somos fortes! Todos às assembleias regionalizadas nesta sexta!

Confira as fotos da assembleia em nosso albúm do facebook: https://www.facebook.com/media/set/?set=a.621290780035049&type=3

 

Veja os locais das assembleias regionalizadas:

Brazlândia – CEM 01
Ceilândia – CEF 20 (EQNM 08/10)
Gama – CG (CEM 01)
Guará – GG (CEM 01)
Núcleo Bandeirante – CEM JK (Candangolândia)
Paranoá – CEM 01
Planaltina – CEM 01 (Centrão)
Plano Piloto – Sinpro (sede SIG)
Recanto das Emas – CEF 301
Samambaia – CEE 01
Santa Maria – CED 310
São Sebastião – CAIC Unesco
Sobradinho – CEM 01
Taguatinga – Cemab

 

Moção de Repúdio

A assembleia geral de professores(as) e orientadores(as) educacionais manifesta seu repúdio contra as declarações da Aspa – Associação de Pais de Alunos das Instituições de Ensino do Distrito Federal – que responsabilizou a categoria, e não o governo, pela greve.

De dentro das escolas, sabemos que os pais, mães e responsáveis de nossos estudantes não estão representados nas falas elitistas e descoladas da realidade da rede pública registradas pelo presidente da associação em questão. Ao longo da semana, dialogamos com a comunidade escolar e ela tem manifestado seu apoio à nossa causa, sabendo que a valorização dos profissionais da educação é um pilar fundamental da garantia de uma educação pública de qualidade.

Entretanto, qualidade não é exatamente uma preocupação da Aspa, que jamais se manifestou sobre as turmas superlotadas, o desmonte da EJA (Educação de Jovens e Adultos) e do ensino especial, os atrasos no repasse do PDAF, e o comprometimento das atividades pedagógicas por falta de estrutura e de pessoal.

A Aspa não tem legitimidade nem conhecimento para avaliar de que forma deve se dar a luta dos professores(as) e orientadores(as) educacionais e o formato da negociação que conduzimos junto ao governo. Por isso, repudiamos seu posicionamento frente à nossa greve, mas esperamos, sinceramente, que um dia a associação venha para a realidade das escolas e se some à luta em defesa da educação pública, que é uma luta em defesa do futuro de nossas crianças, adolescentes e jovens.

Confira o vídeo apresentado à categoria do magistério que se reuniu hoje (4/5) na assembleia Geral no estacionamento da Funarte. Ele mostra todo o processo de mobilização do Sinpro e o envolvimento da categoria na Campanha salarial 2023.

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