PL 944: Veja os deputados que disseram “sim” à criminalização dos professores

Quinze deputados distritais mostraram que defendem o tratamento de professores e professoras como culpados, mesmo que eles/elas não tenham cometido qualquer falta.

Com a aprovação do projeto de lei que libera o videomonitoramento contínuo em sala de aula (PL 944/2024), o grupo de parlamentares favoráveis à proposta tenta institucionalizar o tratamento de professores e professoras como suspeitos em potencial, e não como profissionais, o que configura uma forma de assédio institucional. O PL é de autoria do deputado Thiago Manzoni (PL), e foi aprovado pela Câmara Legislativa do DF nessa terça-feira (21/10).

Veja os deputados que votaram pela criminalização dos professores e das professoras:

 

Daniel Donizet (MDB)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Doutora Jane (Republicanos)

 

Eduardo Pedrosa (União)

 

 

Hermeto (MDB)

 

Jaqueline Silva (MDB)

 

João Cardoso (Avante)

 

 

Joaquim Roriz Neto (PL)

 

Jorge Vianna (PSD)

 

Martins Machado (Republicanos)

 

Pastor Daniel de Castro (PP)

 

Pepa (PP)

 

Rogério Morro da Cruz (PRD)

 

Roosevelt (PL)

 

 

Thiago Manzoni (PL)

 

Wellington Luiz (MDB)

 

“A aprovação desse projeto demonstrou um claro desrespeito à educação e aos profissionais da rede. Ao aprovar o PL 944, os deputados escolheram criminalizar professores e professoras em vez de valorizá-los. O Sinpro continuará denunciando essas ações. Esses parlamentares serão lembrados por agirem contra a educação pública e contra quem ensina com dedicação e responsabilidade”, disse a diretora do Sinpro Márcia Gilda.

Sinpro vai à Justiça para barrar PL 944/2024

O PL 944/2024, aprovado na CLDF na última terça-feira (21/10), cria o Sistema de Monitoramento e Registro de Atividades – SIMRA nas escolas do Distrito Federal e prevê o monitoramento por câmeras nas dependências das instituições de ensino, inclusive nas salas de aula. A proposta do deputado Thiago Manzoni (PL) tramita em conjunto com o PL 1.211/2024, do deputado Roosevelt (PL).

Diante dos riscos apresentados pela medida, o Sinpro recorrerá à Justiça para barrar a implementação da proposta e evitar a criminalização dos professores e das professoras.

O Sinpro argumenta que o PL é inconstitucional e que constitui um mecanismo de vigilância estatal, censura indireta e intimidação sobre professores(as) e orientadores(as) educacionais.

O sindicato também afirma que o monitoramento por câmeras nas salas de aula fere a liberdade de cátedra dos(as) docentes — direito garantido pela Constituição Federal, pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) e por outros dispositivos legais. Além disso, a vigilância viola a integridade intelectual, a proteção de dados de crianças e adolescentes, a gestão democrática e a autonomia pedagógica das escolas.

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