Pesquisas escancaram desigaldades raciais na educação brasileira

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Duas pesquisas recentes revelam com contundência o impacto do racismo estrutural sobre o acesso e a permanência de jovens na educação. Dados da PNAD Contínua e do IBGE, referentes ao período de 2013 a 2023, mostram que a taxa de conclusão do ensino médio até os 19 anos é de 88% entre estudantes amarelos e 78% entre brancos. Entre os pretos, esse índice cai para 68%, entre pardos para 66% e entre indígenas, para apenas 59%.

Já o estudo Next Generation Brasil, realizado pelo British Council com mais de 3 mil jovens, aponta que três em cada cinco pessoas fora do ensino superior são negras. As principais barreiras identificadas são restrições financeiras, responsabilidades familiares e discriminação racial. O relatório revela ainda que 86% dos jovens pretos já vivenciaram situações de racismo.

Os dois levantamentos convergem ao evidenciar que, no Brasil, a cor da pele segue sendo um dos principais determinantes do percurso educacional. O acesso à escola e à universidade, bem como a permanência nesses espaços, ainda é profundamente marcado por desigualdades raciais.

Fonte: CNTE