ObsEB apoia greve da educação

As manifestações de apoio à greve dos(as) professores(as) e orientadores(as) educacionais não param de chegar. Em todas elas, a declaração de que a greve é justa, legal, necessária; e que o governo Ibaneis-Celina ultrapassa todos os limites ao criminalizar o movimento, aplicar multa milionária e, mais uma vez, tratar a educação sem respeito. A seguir, a nota do Observatório de Educação Básica (ObsEB), vinculado à Faculdade de Educação – Universidade de Brasília (FE/UnB).

NOTA DE APOIO ÀS/AOS PROFESSORAS/RES E ORIENTADORAS/RES EDUCACIONAIS DA REDE PÚBLICA DE ENSINO DO DISTRITO FEDERAL

O Observatório de Educação Básica (ObsEB), vinculado à Faculdade de Educação – Universidade de Brasília (FE/UnB), espaço de natureza política, científica, acadêmica e social, defende a educação pública, gratuita, laica, de qualidade social e democrática. Com base nesses princípios, vem a público manifestar solidariedade às professoras/res e orientadoras/res educacionais da rede pública de ensino do Distrito Federal, em greve desde o dia 02 de junho de 2025, por melhores salários, carreira, condições de trabalho e valorização profissional.

Ao mesmo tempo, repudiar a judicialização do movimento grevista, uma afronta ao previsto na Constituição Federal de 1988, artigo 9º, que garante o direito de greve a todos os trabalhadores, como mecanismo de busca de garantia de direitos da classe trabalhadora; e conclamar as autoridades distritais a buscarem os meios para o atendimento das reivindicações salarias das/os trabalhadoras/es da Educação.

São educadoras/res que lutam pelo cumprimento da Meta 17 do Plano Distrital de Educação – PDE (2014-2024) que prevê a valorização dos profissionais da educação da Rede Pública de Educação Básica, ativos e aposentados, de forma a equiparar seu vencimento básico, no mínimo, à média da remuneração das demais carreiras de servidores públicos do Distrito Federal, com nível de escolaridade equivalente. Meta esta que deveria ter sido cumprida até o sexto ano do PDE.

A educação pública, gratuita e de qualidade social é direito constitucional de milhares de crianças, jovens e adultos da Capital Federal e deve ser garantida com respeito, salário digno e valorização dos profissionais da Educação básica pública.