Obra literária aborda identidade, pertencimento e luta por direitos com alunos da EC 02 do Paranoá
O debate respaldado na literatura tem ajudado estudantes da Escola Classe 02 do Paranoá a refletirem, dialogarem e se aproximarem da busca por identidade, pertencimento e luta por direitos. Ao longo das últimas semanas, turmas do 4º e 5º ano da unidade escolar receberam a visita de Zenilda Vilarins, autora do livro ‘Preta de Greve e as Sete Reivindicações’.
Durante o encontro, a autora compartilhou um pouco do processo de criação do livro, explicou a importância das sete reivindicações apresentadas na história e conversou com as crianças sobre racismo, resistência, solidariedade e o poder da voz coletiva. Os(as) estudantes puderam fazer perguntas, comentar suas impressões e relacionar a obra com suas próprias vivências dentro e fora da escola.
Ao longo das últimas semanas, as turmas desenvolveram diversas atividades inspiradas na obra literária, como leitura guiada, rodas de conversa, produções textuais e artes visuais. A visita da autora encerrou um ciclo pedagógico de forma muito especial, reforçando o compromisso da escola com o ensino antirracista e com a valorização da cultura afro-brasileira.
“Mais do que uma atividade literária, o momento marcou um importante passo para a construção de uma educação mais humana, crítica e plural. O encontro também teve como objetivo ampliar o repertório cultural dos estudantes e mostrar que livros são feitos por pessoas reais, acessíveis e próximas, despertando neles o desejo de ler, criar e questionar o mundo ao seu redor”, explica a professora da EC 02, Ana Karolina Braga.
A estudante Haylla Vitória Lopes Batista ressaltou a importância do aprendizado sobre a consciência negra. “Eu gostei muito da visita dela, foi boa para aprender sobre consciência negra. O livro ensina pra gente uma lição que nem tudo é igual, nossas cores não são iguais, não temos o mesmo jeito e nem o mesmo cabelo.”
A visita de Zenilda Vilarins à escola faz parte do encerramento do projeto, que proporciona a conversa com as crianças, o compartilhamento de memórias e a troca de experiências. “A sensibilidade da autora e o trabalho previamente construído pela professora tornaram o momento ainda mais encantador. Momentos assim fortalecem o nosso compromisso coletivo. Que venham mais atividades que afirmem a vida, a história e a dignidade do nosso povo preto; que venham mais ações que construam, no cotidiano, uma escola verdadeiramente antirracista e, com isso, uma sociedade mais acolhedora, justa e respeitosa para todas as pessoas”, finaliza Marcia Abreu, professora e diretora do Sinpro.
