Nova era para a Educação

Mais do que um direito, a educação passou a ser vista no Brasil como prioridade estratégica e até questão de sobrevivência. Na economia, os efeitos do atraso do País na formação dos jovens que chegam ao mercado de trabalho se refletem em perda da capacidade de competir globalmente. Nas empresas, a falta de profissionais com instrução e um mínimo de qualificação resulta em gastos com cursos de formação.
No Brasil, mais de 80% das indústrias já investem na formação de trabalhadores, para suprir a falta de mão de obra. As universidades corporativas ganham força. Um estaleiro do Nordeste teve de formar cortadores de cana para suprir a demanda por operários navais.
Não é de hoje que a Educação é vista como muito mais do que um direito, mas o clima no setor empresarial passou a ser de urgência. Há impaciência com o atraso de três anos na aprovação do Pano Nacional da Educação que tramita no Congresso. “Não é o plano ideal, mas é um bom começo e já atrasou demais”, afirma a educadora Maria Alice Setúbal, presidente do conselho do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec).
O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, destaca que no mundo inteiro os países estão reduzindo os custos de produção e do trabalho, enquanto o Brasil vai na contramão. “Estamos aumentando salário real e isso só é sustentável se estudarmos para o trabalho”, disse o ministro, defendendo a estratégia do governo de reforçar o ensino técnico.
A mobilização de empresas para enfrentar a falta de profissionais e os prejuízos decorrentes de um sistema de ensino atrasado foram os principais temas do quarto debate da série Fóruns Estadão Brasil Competitivo “Educação e mão de obra para o crescimento”.
Com informações do Estadão.com