Mulheres protestam na Praça do Buriti
Um grupo de mulheres representantes de sindicatos, movimentos sociais e da CUT-DF se reuniu na última quarta-feira (11), na Praça do Buriti, para pedir respeito aos direitos das mulheres, principalmente à Lei Maria da Penha. A lei, que completou dois anos no dia 7 de agosto, é uma vitória das feministas, mas, de acordo com as militantes da causa, ainda existem questões a serem implementadas. Na avaliação da coordenadora da secretaria de Mulheres do Sindicato dos Professores do DF, Eliceuda França, “para se desconstruir a cultura da violência no Brasil, as pessoas devem conhecer a Lei (Maria da Penha)”. Para que isso possa ser feito, a sindicalista aposta no avanço das ações do próximo governo da capital. “É tarefa do governo criar a secretaria de mulheres, fortalecer debates nas escolas, fortalecer a política que coíbe a violência contra as mulheres, fazer campanha educativa”, sugeriu.
Eliceuda ainda acredita que o rompimento da cultura machista também deve ser encaminhado no espaço sindical. Para ela, os debates sobre a Lei Maria da Penha devem ser encabeçados por sindicatos e centrais sindicais para esclarecimento das diversas categorias de trabalhadores. De acordo com pesquisas, a cada 15 segundos uma mulher é espancada no Brasil. Por dia, a soma é de 5, 8 mil mulheres espancadas. No DF, segundo a Polícia Civil do DF, dos 7.602 casos de violência realizados de janeiro a dezembro de 2009, para ambos os sexos, 7.602 foram contra a mulher (93, 15%). Enquanto isso, a capital federal abrange apenas uma Delegacia da Mulher e tem carência na implementação da Rede de Atendimento a mulheres Vítimas de Violência, capacitação de profissionais para atendimentos e Equipe multidisciplinares nos juizados de Violência Doméstica.
Com informações do site da CUT-DF