Movimento Fora Arruda volta a se manifestar para pedir justiça

O movimento Fora Arruda voltou a se reunir nesta manhã, 11 de janeiro, em frente à Câmara Legislativa, que retornou hoje aos trabalhos. Cerca de 500 pessoas se envolveram na manifestação, disputando voz com manifestantes pró-Arruda liderados por cabos eleitorais pagos para defender o governador.
A Polícia Militar separou os dois grupos por meio de um cordão duplo de isolamento, mas agressões e provocações eram a regra para qualquer manifestante contrário à corrupção que se separasse dos demais.
A Câmara retorna aos trabalhos, mas há o temor de que os governistas impeçam o início da CPI da Corrupção. Dos 24 parlamentares da casa, pelo menos 10 estão sendo acusados de envolvimento no esquema. Dos 5 deputados titulares da CPI, 3 foram secretários do governo de Arruda.
Segundo os estudantes universitários acampados na Câmara desde o dia anterior, os manifestantes pró-Arruda chegaram cedo em ônibus fretados, e fizeram um buzinaço para intimidar os estudantes, que foram retirados à força do gramado em frente à Câmara. O grupo de Arruda também quebrou um caixão, que simbolizava a morte da democracia no DF.
O carro de som do movimento Fora Arruda, cedido pelo Sinpro, deu voz aos pedidos de justiça da população. “Não vamos parar até limpar Brasília desses corruptos”, garantiu Augusta Ribeiro, diretora do sindicato. “Brasília é maior que Arruda, e a Câmara, que foi uma conquista do povo brasiliense, não merece ser manchada por essas pessoas”, completou Cleber Soares, da diretoria de Finanças.
No fim da manhã, um grupo de manifestantes pró-Arruda deu a volta no cordão de isolamento e agrediu alguns estudantes. Enquanto o carro de som do Sinpro pedia calma e que “não revidassem as provocações”, o carro de Arruda dizia que “eles querem é apanhar mesmo, pra sair na TV depois”.
As manifestações continuam no período da tarde.