Ibaneis não vai calar a educação

O governador Ibaneis Rocha fala sem qualquer pudor em responsabilidade fiscal para justificar a desvalorização dos professores(as) e orientadores(as) educacionais, dos(as) servidores(as) da saúde pública e de categorias do funcionalismo essenciais à garantia da dignidade humana. Mas sua gestão conta outra história.

São bilhões do orçamento do DF em renúncia fiscal e perdão de dívidas. Segundo dados do próprio governo, tem mais dinheiro aplicado em propaganda para promover o GDF do que em merenda escolar. O orçamento para construção de viaduto é maior do que para a construção de escola. Quem ganha com essas escolhas? O povo do DF não é!

Ibaneis também não tem qualquer constrangimento de falar que vai cortar ponto – e tirar dinheiro – de pais e mães de família que estão em greve para que nossas crianças e adolescentes tenham uma educação pública de qualidade. Aliás, o governador mostra certo tom de satisfação ao dizer publicamente: “quero ver quanto tempo eles (nós, professores e orientadores educacionais) aguentam com corte de ponto”. A verdade, governador, é que a gente não aguenta mais desrespeito.

Ao contrário do que diz o governador, nossa greve não é abusiva. Abusivo é não regularizar o repasse da contribuição previdenciária dos professores(as) em contrato temporário ao INSS e deixar mais de 16 mil pessoas sem acesso a auxílio-saúde, auxílio-maternidade, aposentadoria.

Abusivo é colocar 40 estudantes em uma sala de aula que não tem sequer ventilador.

Abusivo é assinar acordo de greve e não cumprir.

Abusivo é ver milhares de pessoas nas filas dos hospitais públicos e não cuidar da saúde pública.

Basta! Ibaneis ultrapassou todos os limites.

Nós do magistério público sabemos porque estamos em greve. E o governador Ibaneis, ganha o que tendo nas mãos um orçamento recorde de R$ 73 bilhões e, mesmo assim, se negando a valorizar professores e a educação pública?