Brasília para com Greve Geral
Esta sexta-feira (11) marca mais um passo da classe trabalhadora contra as investidas neoliberais dos governos. Hoje é dia de Greve Geral, organizada pela CUT e sindicatos filiados.
E motivos não faltam. A luta é contra a precarização do trabalho; contra o aumento de idade de aposentadoria; contra a subcontratação sem limites; contra a privatização das estatais; e contra o roubo de direitos.
Distrito Federal – De acordo com o presidente da CUT Brasília, Rodrigo Britto, esta sexta-feira é “um dia para barrar o retrocesso de uma vida inteira”. E os trabalhadores não deixaram por menos, começando as paralisações logo cedo.
Os rodoviários aderiram ao movimento das 4h às 9h. Depois disso, os cerca de 2,5 mil ônibus voltam a circular. “São quase cinco mil rodoviários unidos contra a violação dos nossos direitos. Vamos nos aliar às outras categorias. Queremos fazer uma pressão maior no governo”, afirmou o diretor de comunicação do Sindicato dos Rodoviários e da CUT Brasília, Marco Júnio.
Os professores também aderiram à greve geral. A mobilização é contra a terceirização, a Lei da Mordaça, a PEC 241 o PLP 257, o PL 4567, a reforma da Previdência, a reforma do Ensino Médio, a flexibilização do contrato de trabalho, a prevalência do negociado sobre o legislado, e em defesa da lei do piso.
De acordo o presidente da CNTE, Roberto Leão, os educadores vão se somar aos demais trabalhadores e dizer que não toleram nenhuma perda de direito. “A luta é também contra a retirada de direitos dos trabalhadores/as, em defesa da escola pública de qualidade e da democracia”, ressaltou.
>>> Leia: Professores(as) fazem ato em defesa da Educação no Dia Nacional de Greve
Funcionários do Departamento de Estrada de Rodagem (DER), DFTrans, Serviço de Limpeza Urbana (SLU) e Secretaria de Agricultura também não trabalharão.
Atrás de Rollemberg – Hoje, representantes de várias categorias vão marcar presença na inauguração do terminal rodoviário, em Ceilândia, que terá a participação do governador Rodrigo Rollemberg. “A intenção é pressionar e manifestar contra a má gestão do governo, que sucateia o serviço público”, disse o presidente do Sindicato dos Servidores e Empregados da Administração Direta, Fundacional, das Autarquias, Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista do DF (Sindser) , André Luiz.
Os trabalhadores terceirizados da limpeza nos hospitais e escolas públicas, assim como os da merenda escolar, também decidiram paralisar, devido o não recebimento do salário e tíquete-alimentação que já deveriam ter sido pagos desde o último dia 7.
O secretário-geral da CUT Brasília, Rodrigo Rodrigues, destacou a importância de as categorias se unirem nesse momento de ataques: “Rollemberg mente ao dizer que não tem dinheiro para pagar o reajuste dos servidores. Vamos continuar denunciando essas mentiras e lutando para que mais nenhum direito seja tirado. Nossa resposta será hoje”.
Em comunicado à população, o GDF afirma que, no DF, “77% dos recursos são para pagar os salários dos servidores e só 23% para remédios, merenda e todo o resto”.
Veja algumas ações programadas para esta sexta (11):
Ato em defesa da Educação e dos direitos dos trabalhadores
Ato em frente ao Ministério da Educação, a partir das 9h. Participação dos trabalhadores da base do Sinpro-DF (Sindicato dos Professores do DF), SAE (Sindicato dos Trabalhadores em Escolas Públicas no Distrito Federal), Sintfub (Sindicato dos Trabalhadores da Fundação Universidade de Brasília), Sindsep-DF (Sindicato dos Servidores Públicos Federais no Distrito Federal) e Sindicato dos Servidores da Previdência Social (Sindprev), entre outros.
Manifestação em frente ao Conjunto Nacional
Manifestação em frente ao Conjunto Nacional, a partir das 8h, com participação dos 15 sindicatos das áreas do comércio e de serviços, trabalhadores rurais e de outros setores.
“Dia do Preto”
Trabalhadores da base do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do DF se vestirão de preto contra os retrocessos e a intransigência dos empresários da área de comunicação. Eles realizarão atos em frente à sede da Record, às 13h30, e em frente à sede do Correio Braziliense, às 18h.
Ato na Praça do Buriti
Assembleias e atos na Praça do Buriti, a partir das 10h. Participarão trabalhadores da base do SAE (Sindicato dos Trabalhadores em Escolas Públicas no Distrito Federal), Sindiserviços (representante dos terceirizados do DF) e Sindetran (que organiza os trabalhadores do Detran-DF).
Sindicatos que realizarão greve de 24 horas nesta sexta (11)
Sinpro-DF (Sindicato dos Professores do DF), Sintfub (Sindicato dos Trabalhadores da Fundação Universidade de Brasília), Sindspmal Águas Lindas (Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Águas Lindas), Sindserp SJD`A(Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de São João D`Aliança-GO), SINDSERPB Padre Bernardo (Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Padre Bernardo-GO), Sindsepem-VAL (Sindicato dos Servidores Públicos e Empresas Públicas Municipais de Valparaíso-GO), SAE (Sindicato dos Trabalhadores em Escolas Públicas no Distrito Federal), Stiu (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas, nas Atividades de Meio Ambiente e nos Entes de Fiscalização e Regulação dos Serviços de Energia Elétrica, Saneamento, Gás e Meio Ambiente no Distrito Federal), Sindesv (Sindicato Empregados nas Empresas de Segurança e Vigilância DF), Sindiserviços (Sindicato dos Empregados em Empresas de Asseio, Conservação, Trabalho Temporário, Prestação e Serviços Terceirizáveis no Distrito Federal).
Sindicatos que realizarão paralisações parciais e atos
Sindicato dos Rodoviários, SJPDF (Sindicato dos Jornalistas Profissionais do DF), Fetracom (Federação dos Trabalhadores no Comércio do DF), Sindicom (Sindicato dos Comerciários do Distrito Federal), Sindicato dos Bancários de Brasília, Sindbombeiros (Sindicato dos Trabalhadores Bombeiros Civis do DF), Sindsep-DF (Sindicato dos Servidores Públicos Federais no Distrito Federal), Sindvalores (Sindicato dos Empregados em Transportes de Valores e Similares do Distrito Federal), Sindetran (Sindicato dos Trabalhadores em Atividade de Trânsito, Policiamento e Fiscalização de Trânsito das Empresas e Autarquias do Distrito Federal), Sindser (Sindicato dos Servidores e Empregados na Administração Direta, Fundacional, das Autarquias, Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista do Distrito Federal), Sindlurb (Sindicato dos Trabalhadores nas Associações Comunitárias e Demais Prestadores de Serviços Terceirizáveis em Parceria ou Conveniados da Limpeza Urbana do Distrito Federal), Sinttel(Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicações do Distrito Federal), SINDPD (Sindicato dos Trabalhadores de Empresas e Órgãos Públicos e Privados de Processamento de Dados, Serviços de Informática e Similares e profissionais de Processamento de Dados do Distrito Federal), Sintect (Sindicato dos Trabalhadores dos Correios e Telégrafos do Distrito Federal e Região do Entorno), Sindprev (Sindicato dos Trabalhadores Federais em Saúde, Trabalho e Previdência Social no Distrito Federal), Sindetran (Sindicato dos Trabalhadores em Atividade de Trânsito, Policiamento e Fiscalização de Trânsito das Empresas e Autarquias do Distrito Federal), Sindpan (Sindicato dos Trabalhadores em Panificação). Trabalhadores rurais do DF e dos seguintes municípios goianos: Mimoso, Água Fria, Águas Lindas, Alexânia, Alvorada do Norte, Campos Belos, Cidade Ocidental, Cocalzinho, Colinas do Sul, Divinópolis, Flores de Goiás, Formosa, Nova Roma, Planaltina, Santo Antônio do Descoberto, São Domingos, São João D’Aliança, Vila Boa.
Servidores municipais de Valparaíso de Goiás também paralisados contra a retirada de direitos:
Com informações da CUT Brasília, CUT Nacional, CNTE e Agência JBr
Confira algumas fotos da mobilização de hoje