A greve continua! Assembleia mostra categoria mobilizada para avançar

A categoria do magistério público compareceu em peso à sua assembleia geral e decidiu: a greve continua, e a responsabilidade é de Ibaneis! Reunidos na manhã desta terça-feira, dia 10, professores, professoras, orientadores e orientadoras educacionais do DF avaliaram os rumos do movimento paredista, e entenderam que é possível e necessário avançar mais.

Se, por um lado, é preciso reconhecer os avanços arrancados pela resistência; por outro, a categoria exige uma proposta que, de fato, corresponda às demandas e à importância do papel do magistério. Por isso, a decisão foi por manter a união e a mobilização.

 

Categoria decide por manter a greve. | Foto: Luzo Comunicação

 

A comissão de negociação informou que diversas ações têm fortalecido a busca pela retomada de diálogo com o governo. “É preciso que o GDF apresente algo mais concreto, além dos 4 itens que já estão postos”, destacou Cleber Soares, integrante da comissão. “A expectativa é de restabelecer a mesa de negociação, de onde não partimos mais do zero, mas sim, com essa primeira proposta”, disse.

Nesse sentido, é muito importante que tenha o procurador-geral do Ministério Público do DF, Georges Seigneur, se somado a esses esforços. Ele esteve com representantes do movimento nesta segunda-feira, 9. Ele se dispôs a fortalecer as ações de retomada de negociação, assim como, na semana passada, havia feito o desembargador Waldir Leôncio Júnior, presidente do Tribunal de Justiça do DF.

Além disso, a grande vitória que representa a suspensão da multa de R$ 1 milhão por dia, decidida pelo ministro Flávio Dino, do STF (Supremo Tribunal Federal), mostra a força do movimento, que tem se ampliado. Ao longo de nove dias de greve, a comunidade escolar e a população em geral têm expressado seu apoio, bem como parlamentares distritais e federais, entidades do movimento sindical e social.

Para a diretora do Sinpro Márcia Gilda, a categoria não ganhou nada de presente, a proposta do governo foi arrancada pela mobilização. “Nós sempre estivemos dispostos e dispostas a dialogar e negociar, mas precisamos recorrer à greve para que o governo nos apresentasse uma proposta”, lembrou a dirigente do Sinpro-DF Márcia Gilda. “O apoio e a solidariedade que estamos recebendo nas ruas e através de moções são uma demonstração de que estamos no caminho certo, e sairemos deste movimento com vitória”, concluiu.

 

A luta continua

A categoria do magistério também definiu um cronograma de ações que culmina com a próxima assembleia geral na segunda-feira, 16 de junho (com possibilidade de alteração). Veja abaixo o calendário aprovado.

Ao final da assembleia, educadores e educadoras saíram em passeata pelo Eixo Monumental até o Palácio do Buriti, para dar seu recado diretamente ao governador: queremos, precisamos e podemos mais! Até o fechamento desta matéria, a ação ainda estava acontecendo.

 

Primeira proposta

Os itens que integram a proposta apresentada pelo governo na reunião de negociação de 5 de junho foram:

1) Convocação de 3 mil professores e professoras em dezembro/2025;

2) Prorrogação do concurso realizado em 2022;

3) Convocação de novo concurso público;

4) Construção do calendário para elaboração do PL de reestruturação da carreira, com mediação do TJDFT, e a participação das secretarias Casa Civil, de Educação e de Economia, com conclusão em até 90 dias.

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