GDF atrasa 13º salário dos aniversariantes de julho. Sinpro repudia
Mais uma vez alegando queda de arrecadação, o GDF vai atrasar o pagamento e depositará o 13º salário dos aniversariantes de julho somente no dia 12. Tradicionalmente, o dinheiro entra junto com o salário – o que deve acontecer na quinta-feira (4/8).
O Executivo local argumenta que um dos fatores que levou ao atraso no pagamento foi a queda na arrecadação tributária de janeiro a junho, embora tenha havido crescimento nominal de receita de 6,9%. De acordo com o GDF, “os ganhos foram corroídos pela inflação de cerca de 8% ao ano, o que implicou um decréscimo real de 3%”.
A instabilidade da data de pagamento de benefícios traz uma série de consequências, além do desgaste natural de não ver o dinheiro na conta na data estipulada pelo próprio governo. Diante deste cenário tem sido cada vez mais complicado para o(a) professor(a) ter paz e tranquilidade, vez que o GDF não consegue honrar compromissos e manter a data correta de pagamento. É preciso que o governo entenda que a categoria é formada por profissionais que necessitam de um mínimo de planejamento orçamentário para levar a vida, como qualquer trabalhador.
A diretora do Sinpro Rosilene Correa disse que o atraso no 13º salário é uma prática que tem se tornado comum na atual gestão do Palácio do Buriti. “Isso já aconteceu outras vezes, o que causou transtorno enorme aos servidores. Desde que começamos a receber o auxílio no mês do aniversário, ele era feito na mesma folha de pagamento que o salário”, explicou.
“O atual governo é que adotou outro procedimento, de fazer o contracheque separado, exatamente para permitir uma possibilidade de alteração de data. Esperamos que o GDF não cometa os mesmos erros do ano passado”, completou.
BRB – Para diminuir um pouco o transtorno, o Palácio do Buriti garante que os servidores que anteciparam o 13º salário junto ao Banco de Brasília (BRB) vão ter descontados os valores com vencimento na data do pagamento do benefício, ou seja, apenas no dia 12.
O Sinpro esclarece que não aceitará que estes atrasos se transformem em rotina e que os professores sejam ainda mais prejudicados. “Não aceitaremos o já desgastado discurso da falta de verbas para justificar os atrasos salariais. A categoria merece respeito!”, enfatizaram diretores do Sindicato.