Estudante da EC 01 da Estrutural é ferido em quadra esportiva da EAPE

Na manhã de quarta-feira (22), um estudante de 10 anos, aluno do 3° ano do ensino fundamental da EC 01 da Estrutural, foi internado com traumatismo craniano e perda da audição, após acidente na quadra esportiva da EAPE (Escola de Aperfeiçoamento dos Profissionais da Educação).
Desde 2012, a escola está interditada, em virtude de vazamento de gás, que oferece grande risco para a comunidade de escolar. Atualmente, cerca de 700 alunos(as) do 1° ao 4° ano estão estudando fora de sua cidade, na EAPE (907 Sul), distante de suas residências, gerando transtorno para estudantes, familiares e professores(as).
“É complicado trabalhar em uma situação dessas, pois há muita insegurança aqui, com uma estrutura inapropriada para alunos(as) que utilizam a escola”, diz Andréa Marilene, professora do 3° ano do ensino fundamental.
A precariedade das instalações da EAPE foi motivo de diversas denúncias da comunidade escolar e do próprio Sinpro. No início deste ano, os(as) próprios(as) professores(as) apresentaram um relatório alertando para diversos problemas estruturais no local, como fios desencapados e goteiras, resultando em choques e alagamento das salas quando chove. O coordenador de ensino da regional recebeu este relatório no início do ano. O GDF prometeu que a EC 01 seria realocada para o SIA em um imóvel com uma estrutura melhor. Porém, a promessa do Governo não foi cumprida.
Os(as) alunos(as) continuaram estudando na EAPE. O acidente ocorreu quando os estudantes participavam de uma atividade recreativa na quadra. O aluno estava brincando na trave, quando a mesma caiu. Ela resvalou na cabeça da criança, que caiu no chão.
É inadmissível que estudantes e professores(as) tenham que se sujeitar a condições tão precárias durante tanto tempo. O Sinpro exige que o GDF haja com urgência para resolver esta questão, pois não é possível que outro acidente (com consequências mais trágicas) aconteça para que providências sejam tomadas. A família do aluno é de origem muito humilde e é dever do Estado fornecer toda a assistência necessária para que o aluno possa se recuperar e fatos como este não se repitam mais.
Créditos das fotos: Deva Garcia