Em reunião, delegados fortalecem unidade por direitos da categoria
O papel do(a) delegado(a) sindical é estratégico para a construção da luta coletiva em defesa dos direitos dos(as) professores(as) e orientadores(as) educacionais das escolas públicas do Distrito Federal. Garantir meios para que essa figura central amplie a função de agente ativo na mobilização da categoria foi o foco da reunião realizada nessa quarta (3/9).
“No local de trabalho, o delegado e a delegada sindical são o elo oficial entre a escola e o Sinpro, representando legitimamente os interesses da categoria. Eles e elas representam o sindicato no local de trabalho e devem ser referência para a categoria naquela unidade”, afirma a diretora do Sinpro Thaísa Magalhães.
Iniciada pontualmente, a reunião teve caráter informativo e formativo. “Delegado sindical não é apenas um porta-voz; é um estrategista, um mediador, a referência dos trabalhadores no local de trabalho. A formação dessa figura, portanto, é fundamental”, explica a diretora do Sinpro Vanilce Diniz.
Nessa perspectiva, com metodologia de realização decidida coletivamente, foi distribuída na reunião de quarta-feira a Cartilha Delegado(a) Sindical(a). O material detalha as atribuições multifacetadas do(a) delegado(a), que incluem a representação da categoria, o repasse de informações cruciais, o encaminhamento de demandas e a organização de mobilizações. (Acesse aqui)
O encontro ainda pautou a cronologia da luta pelo pagamento do retroativo referente à última parcela do reajuste salarial de 2013, que deveria ter sido pago em setembro de 2015. Direito garantido aos(às) professores(as) e orientadores(as) educacionais pelo Supremo Tribunal Federal (STF), a quitação do valor segue sendo disputada pelo Sinpro via judicial, diante das ações do governo do Distrito Federal que se recusa a pagar o que é devido.
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“O delegado sindical bem informado sobre as ações do Sinpro é peça-chave para garantir que a força do sindicato se consolide. Ele transforma diretrizes em ação”, dialoga o diretor do Sinpro Hamilton Caiana.
Grito dos Excluídos
Na reunião dos(as) delegados(as) sindicais do Sinpro, o presidente da Central Única dos Trabalhadores do DF (CUT-DF), Rodrigo Rodrigues, lembrou que no próximo domingo, 7 de setembro, será realizado o 31º Grito dos Excluídos.
Contraponto ao Grito da Independência, proclamado por um príncipe, em 1822, a manifestação ocorre em todo o Brasil. No Distrito Federal, o ato será na Praça Zumbi dos Palmares (Conic), às 10h.
Neste ano, o Grito dos Excluídos e das Excluídas se une às frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo e insere na pauta de lutas a defesa da soberania nacional.
“O grito pela soberania, trazido neste 7 de setembro, é tão forte quanto os demais gritos históricos dos excluídos, como o combate à LGBTQI+fobia, ao racismo, à misoginia, à concentração de renda, à fome. Vamos fortalecer esse Grito dos Excluídos; esse também é um papel da educação”, convoca Rodrigo Rodrigues.
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