EC 13 de Ceilândia comemora Dia Nacional do Cerrado com projeto pedagógico

Na semana passada, os(as) estudantes da Escola Classe 13 de Ceilândia (EC 13 de Ceilândia) tiveram o privilégio de comemorar o Dia Nacional do Cerrado, festejado em 11 de setembro, em contato com a vegetação típica do bioma numa atividade de campo no Jardim Botânico e de conhecer alguns animais da região em uma visita ao Jardim Zoológico. A escola levou todas as turmas para participar da primeira edição do projeto “Eu cuido do Cerrado”, uma atividade acadêmica, que faz parte do seu Projeto Político-Pedagógico (PPP) e da Semana do Cerrado, do Calendário Escolar da Secretaria de Estado da Educação (SEE-DF). Confira no final da matéria o link para o álbum de fotografias.

O projeto foi realizado em várias etapas, cuja culminância foram a apresentação de trabalhos artísticos feitos pelos(as) estudantes e as duas saídas a campo: a do Jardim Zoológico, na quarta-feira (11), com as turmas da Educação Infantil ao 2º Ano; e, a do Jardim Botânico de Brasília, na quinta-feira (12), as do 3º a 5º Anos. As demais etapas foram realizadas em sala de aula com atividades pedagógicas artísticas. Elaine Amaral Silva, diretora da escola, diz que todas as turmas e todos(as) os(as) estudantes da escola participaram do projeto.

“O projeto foi composto de várias etapas: formação para os professores, com a professora Edijane Amaral, mestre em Cerrado e criadora do projeto Cerrado Vivo. Na Semana Nacional do Cerrado, os(as) estudantes tiveram a oportunidade de fazer uma imersão no bioma por meio de um passeio no Jardim Botânico de Brasília e no Jardim Zoológico, conhecendo espécies de fauna e flora da região. Também realizaram atividades pedagógicas em sala de aula, como jogos e produção de desenhos com a temática da natureza”, afirma.

Elaine explica que o projeto “Eu cuido do Cerrado” reuniu o trabalho da Semana do Cerrado ao de gênero textual da semana, que abordou o gênero notícia. Com isso, algumas turmas produziram jornais como atividade pedagógica. O Sinpro divulgou um texto de conscientização, em suas redes sociais, mostrando que o Dia Nacional do Cerrado, é uma data para refletir sobre o tema “Educar para salvar o Cerrado. Preservar para salvar vidas”. Confira  a seguir, ou clique aqui e acesse o Instagram do Sinpro.

 

O Cerrado e as queimadas

Nessa segunda-feira (16), o Governo do Distrito Federal (GDF) suspendeu as aulas em várias escolas da rede pública de ensino por causa da fumaça e da fuligem, que prejudicaram ainda mais qualidade do ar, que, neste tempo seco, potencializam doenças. Com os incêndios supostamente criminosos que têm ocorrido na Floresta Nacional do Brasília (Flona) e no Parque Nacional de Brasília (Parna), a Secretaria de Estado de Educação do DF (SEE-DF) orientou às direções das escolas a decidirem de forma autônoma pelo cancelamento ou não das aulas.

Embora esteja perto da Flona, a EC 13 de Ceilândia não precisou de suspender as aulas. Até esta segunda-feira (16), segundo dados do Instituto Chico Mendes de Conservação e Biodiversidade (ICMBio), o incêndio queimou mais de 1,2 hectares do Parna de Brasília e o fogo foi originado próximo à Granja do Torto, fora do Parque Nacional. No entanto, cresceu de forma descontrolada, poluindo o ar do Distrito Federal, obrigando o governo a suspender aulas e a emitir recomendações.

“Caso a gestão da escola identifique riscos à saúde da comunidade escolar, está autorizada a suspender temporariamente as atividades, garantindo, posteriormente, a apresentação de um calendário de reposição das aulas”, informou a SEE-DF. Além disso, recomendou que as salas de aula estejam sempre bem ventiladas e que medidas de higiene sejam reforçadas em todos os ambientes escolares, o que inclui pátios, sanitários e salas de aula. Também orientou as escolas a manterem os bebedouros em boas condições, contudo, sugeriu aos estudantes levarem sua garrafinha de água para a escola, para terem condições de beber água regularmente”. O clima do DF está extremamente seco com quase 150 dias sem chuva.

Flona e Parna: uma pequena amostra do Cerrado que preservam o ar e a água do DF

A Flona é uma unidade de conservação nacional, cuja área ocupa apenas 5.640 hectares do DF. O Parna, criado em 29/11/1961, deveria ocupar seus  42.389,01 hectares, abrangendo as Regiões Administrativas de Brasília, Sobradinho e Brazlândia, no Distrito Federal, e o município goiano de Padre Bernardo, no entanto, assim como a Flona, é um espaço assediado pela grilagem de terras incessante. Essas reservas foram criadas para preservar o ar, a água e as condições de vida no DF e não devem ser invadidas pela especulação imobiliária e, muito menos, pelo agronegócio.

O Bioma Cerrado é responsável por 25% do território brasileiro e está quase que completamente devastado pelas monoculturas ou pecuária extensiva do agronegócio. Trata-se do segundo bioma em área do País e concentra boa parte de seu território nativo no Planalto Central, onde o Distrito Federal se localiza. Dados do governo federal indicam que, de janeiro a julho deste ano, os avisos do Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter) aumentaram 21% no Cerrado.

“Diferentemente da Amazônia, que possui Reserva Legal de 80% da área de vegetação nativa em propriedades rurais, no Cerrado, esse percentual é de apenas 20%. O desmatamento do Cerrado é, em grande parte, autorizado. Ainda assim, em comparação com a média dos últimos quatro anos para o primeiro semestre, houve um aumento de 21% de autos de infração relativos à flora lavrados pelo Ibama, de 90% em multas, de 26% de embargos, 40% de termos de apreensão e 245% de termos de destruição”, informa o governo. Segundo edição de 24/4/24, da revista Forbes, o Cerrado concentra cerca de 36% de todo o rebanho brasileiro e mais 63% da produção de grãos do agronegócio.

Confira no link a seguir o álbum de fotografia:

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