Ex-aluno da EC 08 lança obra poética e homenageia professora que o inspirou

 

Ex-aluno da rede pública do Distrito Federal, o escritor Diego Hatory Gautama divulga o livro “Poeticitudes viscerais da alma cativa – Musas”. Uma homenagem ao ser feminino em todas as suas nuances, a obra é resultado da influência literária que uma professora da Escola Classe 08 (EC 08) de Ceilândia exerceu sobre sua formação. Diego conta que uma simples frase da professora Dayse Fernandes B. de Freitas acendeu uma fagulha em sua imaginação: “Você escreve muito bem e tem muita imaginação! Já pensou em ser escritor?”

Três décadas depois, Diego lançou “Poeticitudes viscerais da alma cativa – Musas”, um livro que, segundo ele, propõe uma imersão na alma, nos relacionamentos e nos sentimentos humanos em todas as suas dimensões existenciais. No resumo sobre a obra, estampado na capa, ele afirma que o livro apresenta “questionamentos e perguntas que nos cabe fazer como seres humanos, tudo isso de maneira inteligente, autêntica, criativa, cativante e sensível. Ao mesmo tempo forte e doce, melancólico e visceral – com tiradas e frases –, impossível de a leitora e o leitor não se identificarem. Um livro que nos lê à medida que o lemos”.

O livro está disponível no site da Amazon: https://www.amazon.com.br/Poeticitudes-Viscerais-Alma-Cativa-Musas/dp/6559431436

Uma história de amor pela literatura

Diego recorda que tinha 8 anos de idade, em 1993, quando frequentava a 3ª série da Escola Classe 08 (EC 08) de Ceilândia. Na escola, destacava-se como um estudante aplicado, e foi uma simples frase da professora Dayse que acendeu a centelha poética em sua imaginação: “Você escreve muito bem e tem muita imaginação! Já pensou em ser escritor?”

Em casa, Diego ponderou com a seriedade que só uma criança curiosa tem: “Mas livros têm muitas, muitas palavras! Onde eu vou encontrar tantas palavras assim?” Foi nessa inquietação que iniciou uma pequena aventura. Nos armários da casa, entre a poeira e o esquecimento, encontrou um livro gigantesco, de capa grossa como carvalho antigo, folhas amareladas e um cheiro que misturava mistério e promessa. Aquele livro não era apenas um livro — era um oceano de palavras. Cada vocábulo se multiplicava em outros, criando sentidos e novas vidas. Ali, Diego se tornou um explorador: não de uma ilha do tesouro, mas das profundezas infinitas de um universo de nomes e significados.

Mais de 30 anos depois, aquele garoto curioso publicou seu primeiro livro, Poeticitudes viscerais da alma cativa. “No capítulo de agradecimentos e homenagens”, menciona sua professora Dayse como “a bruxa que lançou o feitiço das palavras sobre mim”, afirma.

Diego conta que o acaso e a amizade conduziram os passos seguintes. Ao receber a obra, a leitora e professora doutora Cristina Aparecida Leite se emocionou e se propôs a ajudá-lo a reencontrar sua mentora da terceira série. E foi assim que, neste 27 de outubro de 2025, sob os escombros da vida moderna, os mundos de professor e aluno se reconectaram.

Ali estão eles: Diego, ainda a criança curiosa, imaginativa e questionadora; e Dayse, professora doce, idealista e apaixonada, que há mais de 30 anos plantou a semente de um escritor. Um encontro que prova que as palavras, quando semeadas com cuidado, florescem para sempre.