Dia Internacional das Meninas
Hoje, 11 de outubro, é o Dia Internacional das Meninas. Neste ano, faz 21 anos da Declaração e da Plataforma de Ação de Beijing na Conferência Mundial das Nações Unidas sobre a Mulher em 1995. Uma ótima oportunidade para refletirmos acerca da educação de milhares de meninas no mundo.
Em que bases estamos construindo o futuro das nossas meninas. Mas em especial, daquelas meninas que fazem parte das estatísticas de maior vulnerabilidade social. Que sofrem os horrores da pobreza extrema, das guerras, do trabalho infantil, da exploração sexual, da violência em suas inúmeras manifestações. Segundo o levantamento da UNESCO, cerca de 16 milhões entre 6 e 11 anos nunca irão à escola.
As mulheres lutaram e lutam muito para conquistar mais espaço e o direito de escrever suas histórias com as próprias mãos, onde sejam as personagens principais.
Precisamos refletir e nos posicionar frente a essa onda conservadora, que assola nosso país, que prega a intolerância e procura negar a legitimidade do protagonismo das mulheres na construção de um mundo mais justo e fraterno.
Precisamos nos indignar e nos posicionar firmemente frente ao desmonte do estado nacional pelo governo golpista, levando à revelia das necessidades dos trabalhadores e das trabalhadoras, a pauta lesa pátria de aprovação da entrega das nossas riquezas ao capital internacional (PL 4567), a aprovação do PL 257 e da PEC 241, da Reforma do Ensino Médio e tantas outras, que ferem de morte o direito fundamental das meninas a uma educação que lhes proporcione as oportunidades necessárias para crescerem com dignidade, com a oportunidade de emancipação e o direito de serem donas de suas próprias escolhas.
E essa não é uma luta apenas das mulheres. Essa luta é uma luta de homens e mulheres que acreditam na democracia como princípio para a edificação de uma sociedade com oportunidades iguais para todos e todas.
Que as nossas Luísas, Nathálias, Marias, Carolinas, Helenas, Sofias, Isadoras, Julinhas, Manus, Ana Claras, Inêz, enfim, que as nossas meninas, possam futuramente, ter uma vida digna e ser agentes pela luta e garantia de direitos iguais, para todos e todas no Brasil e no mundo.
Isis Tavares
Secretária de Relações de Gênero da CNTE