Desmonte dos direitos trabalhistas pode acontecer na próxima terça (11). Hora de pressão

Com 46 votos favoráveis e 19 contrários, o pedido de urgência para a tramitação da reforma trabalhista (PLC 38/2017) foi aprovado no Senado Federal. Portanto, a medida será votada na próxima terça (11) e, caso aprovada, os trabalhadores perderão direitos como férias, trabalho com carteira assinada, 13º salário e descanso semanal remunerado.
O presidente da Casa, senador Eunício Oliveira (PMDB-CE), incluiu a matéria na Ordem do Dia desta quarta (5) para ser debatida a partir das 14h. Na quinta, a discussão será retomada entre as 11h e 14h, quando será encerrada a sessão. Segundo Eunício, conforme acordo entre líderes, “não haverá sessão extraordinária para tratar da reforma trabalhista”. Portanto, a CLT e todos os direitos da classe trabalhadora poderão ser rasgados na próxima semana.
Resistência – Para a Central Única dos Trabalhadores de Brasília, após o sucesso de duas Greves Gerais e diversas outras mobilizações por todo o Brasil envolvendo os trabalhadores e trabalhadoras e os movimentos sociais, é necessário continuar pressionando.
“Precisamos intensificar a mobilização em cima dos senadores para que eles revertam o voto. Isso tem sido feito com os congressistas do DF, mas, precisamos pressionar também os de outros estados”, instrui Rodrigo Britto, presidente da CUT Brasília.
Para Britto, a população possui duas forças poderosas: a capacidade de trabalho e o voto. “Com a greve, mostramos que temos o controle sobre a produção e com o voto nas urnas, em 2018, não deixaremos que deputados e senadores ladrões de direitos voltem ao Congresso Nacional”, garantiu.
Na pressão – A CUT Nacional orienta para que em todos os estados suas bases pressionem os senadores, porque agora é com o plenário e a votação desta vez será decisiva e final. Além disso, força total às redes sociais e ao uso do site NA PRESSÃO, onde há uma campanha específica para a Reforma Trabalhista, que proporciona acesso direto a todos os canais e redes sociais dos senadores, além de informar a posição de cada senador sobre a reforma.
O presidente da CUT, Vagner Freitas, destacou, no lançamento do NA PRESSÃO, que os senadores “dizem que o que os deixa com medo é justamente a pressão nas bases. Então, a ideia é justamente furar o bloqueio e mostrar a indignação dessas bases”. Por isso, fazer chegar a opinião de cada cidadão, em especaial para os senadores indecisos, é fundamental.
Com informações da CUT Brasília e CUT Nacional