Decisão de conselho prejudica alunos aprovados na UnB
A determinação do Conselho de Educação do DF de exigir que o aluno tenha cursado no mínimo 75% do ano letivo para liberação do diploma prejudicou muitos estudantes aprovados no segundo vestibular 2011 da Universidade de Brasília (UnB). Ao expedir uma resolução sem ouvir professores, coordenadores pedagógicos e outros membros da comunidade escolar, o Conselho criou uma situação complicada: quem conseguiu uma liminar na Justiça se matriculou, enquanto outros não conseguiram e foram impedidos de se matricularem.
Por este motivo defendemos a democratização das decisões do Conselho de Educação, para evitar que decisões que afetam a muitos sejam tomadas por poucos. Acreditamos que uma decisão dessa importância deveria ter sido precedida de um debate aberto, com a participação dos diferentes setores afetados pela deliberação. Essa maior participação da sociedade no Conselho Escolar é um dos pontos da gestão democrática defendida pelos trabalhadores em educação.
Lamentamos ainda mais quando sabemos que os mais prejudicados são os estudantes de baixa renda, que tiveram mais dificuldade de buscar meios jurídicos para garantir o ingresso na UnB.