Contra violência do GDF, categoria responderá com mais mobilização
O governo Ibaneis-Celina tem tentado de todas as formas calar a luta legítima do magistério público por valorização e melhorias na educação. Em vez de diálogo e negociação, o GDF tem optado sistematicamente pela repressão − seja ela qual for. A última investida contra a categoria aconteceu nesta segunda (16/6), durante manifestação pacífica na sede da Secretaria de Educação, no Shopping ID.
No local, que deveria ser um símbolo de respeito e compromisso com a educação e com quem a constrói diariamente, professores(as) e orientadores(as) educacionais foram recebidos com spray de pimenta, empurrões e ameaças por parte da Polícia Militar do DF. A truculência reafirmou o desrespeito do governo Ibaneis-Celina ao direito de greve e à luta por valorização profissional.
“O Sinpro repudia com veemência a violência contra professores(as) e orientadores(as) educacionais e exige respeito àqueles(as), que mesmo diante de tamanho descaso, seguem se dedicando ao futuro de nossos estudantes. A nossa luta é legítima e nenhuma repressão vai calar quem defende a educação pública”, disse a diretora do Sinpro, Márcia Gilda.
Respeite o(a) professor(a)!
O professor João Macedo foi uma das vítimas da truculência da PM. Para ele, a ação refletiu o não compromisso do governo Ibaneis-Celina com a educação. “Estávamos lá, de forma pacífica, no lugar que deveria ser a casa da educação, apenas pedindo que o governador Ibaneis atendesse nossas reivindicações. Mas, em vez de diálogo, fomos recebidos com agressividade. O que vimos foi mais uma tentativa de silenciar uma luta legítima. Mas deixamos claro: nenhuma repressão vai nos intimidar”, disse.
A professora Iolanda Rocha também foi alvo da repressão policial e precisou de assistência. “A forma como o governo está tratando os(as) professores(as) é absurda e desrespeitosa. O que nós queremos é apenas o respeito e a valorização. Por isso, não aceitaremos a truculência como resposta”, afirmou.
Diante de tamanha violência, o Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios (MPDFT) solicitou à Corregedoria-Geral da Polícia Militar do DF a abertura de investigação para apurar o uso de spray de pimenta contra professores(as) e orientadores(as) educacionais da rede pública.
“O magistério público do DF seguirá firme na luta por respeito, valorização e condições dignas de trabalho. Se o governo insiste na repressão, responderemos com mais organização e mais força coletiva. A educação resiste e não será calada”, garantiu a diretora do Sinpro Márcia Gilda.