Com tese-guia da diretoria do Sinpro, 13º CTE discute e vota plano de lutas e estatuto neste domingo (16/11)
Por decisão coletiva, delegados(as) do 13º Congresso dos Trabalhadores e das Trabalhadoras em Educação conduzirão os debates sobre plano de lutas para o próximo período e reforma estatutária do Sinpro tendo como base a tese-guia “Mais Organização, Mais Lutas e Mais Conquistas!”, apresentada pela diretoria do sindicato. Os pontos serão discutidos neste domingo (16/11), último dia do 13º CTE, quando será realizada assembleia estatutária.
Os textos “Tese sobre genocídio palestino de 1948 ao conflito atual envolvendo palestinos e Israel”, do professor Antonio Ahmad Yusuf Dames, e “Defesa da saúde dos profissionais da educação!”, do Grupo de Pesquisa Saúde e Educação NOEG/EAPE/SEEDF, foram incorporados à tese da diretoria do Sinpro. A estratégia é dar amplitude às discussões que apontarão mudanças e ações que impactam de forma direta a vida da categoria do magistério público do DF.
A escolha da tese-guia do 13º CTE foi feita nesse sábado (15/11). O texto foi construído a partir de uma série de diálogos com a base. A votação que envolveu mais de 500 delegados(as) credenciados ao congresso mostrou que o projeto da diretoria do Sinpro converge completamente com as necessidades, os objetivos, os anseios e os projetos dos(as) professores(as) e orientadores(as) educacionais do DF.
Mais Organização, Mais Lutas e Mais Conquistas!
A tese da diretoria do Sinpro apresenta uma análise abrangente da conjuntura política, social e econômica global e local. Nela, há uma crítica veemente ao avanço mundial do imperialismo e da extrema-direita, citando exemplos como o trumpismo, o bolsonarismo e conflitos internacionais, com destaque ao genocídio em Gaza e à guerra na Ucrânia. A análise é de que essa investida “representa a exploração e a tomada dos recursos, a concentração de riquezas e o esfacelamento da classe trabalhadora.
A tese ainda detalha lutas necessárias no Distrito Federal diante do governo Ibaneis Rocha-Celina Leão, no contexto da resistência ao avanço da extrema direita e do desmonte de direitos e serviços públicos, sobretudo da educação. Entre as lutas estão: o combate à militarização e privatização da educação pública; o enfrentamento à censura e perseguição a profissionais da Educação; a continuação do enfrentamento a projetos da extrema direita, como o Escola Sem Partido e o homeschooling; a ampliação da luta por investimento em educação e valorização do magistério público.
Além disso, o documento aborda como a crise ambiental afeta trabalhadores e trabalhadoras. A exploração desenfreada de recursos naturais e a expansão de atividades baseadas em combustíveis fósseis e do agronegócio ampliam o adoecimento, o desemprego e a precarização nas periferias urbanas e no campo. No contexto do Distrito Federal, diante do governo Ibaneis-Celina, a degradação ambiental manifesta-se no cotidiano da categoria de trabalhadores(as) da educação através, por exemplo, da infraestrutura precária nas escolas e das salas de aula superlotadas. Isso é visto como parte de uma lógica de governo que prioriza asfalto e concreto, secundarizando a educação e afetando o dia a dia desses profissionais.
A tese também detalha as transformações no mundo do trabalho, como a plataformização e o uso da inteligência artificial, que intensificam a precarização e a desvalorização da carreira do magistério público.
A tese da diretoria do Sinpro indica ainda que frente à crise capitalista, à ofensiva neoliberal e à plataformização do trabalho, o movimento sindical deve adotar estratégias integradas como o fortalecimento da ação coletiva através do trabalho de base tradicional, mobilização local e consciência histórica, mas, também, com o uso estratégico de tecnologias para comunicação, organização de ações e conexão com novas lutas. São apontadas ainda como necessárias a formação continuada abrangendo direitos trabalhistas, questões de gênero e raça, além da construção de alianças amplas, com a formação de uma Frente de Luta.
