1ª Feira de Exposição Povos Originários: Raízes do Brasil do CEF 02 de Brasília foi um sucesso

 

A primeira edição da Feira de Exposição Povos Originários: Raízes do Brasil do Centro de Ensino Fundamental nº 02 de Brasília (CEF 02 de Brasília) foi um sucesso. A atividade, que faz parte do Projeto Político-Pedagógico (PPP) da escola, foi realizada em duas etapas: uma na segunda-feira (2) e, outra, na quarta-feira (4).

O projeto está relacionado com a atuação da escola. Ou seja, a unidade oferta tempo integral e, em razão disso, o turno vespertino é dedicado ao currículo flexível. Além disso, entre as disciplinas, há uma denominada Cultura Afro-Brasileira e Indígena (CABI).Com isso, escola decidiu, este ano, trabalhar a pedagogia de projetos. A feira de exposição é o segundo projeto realizado esse ano pela instituição.

“Esse dos povos originários foi realizado durante mais de 2 meses e fizemos, dentro desse projeto, duas culminâncias: a primeira, na segunda-feira (2/9), que contou também com a participação do Sinpro, foi uma palestra proferida pelo professor Amarildo Souza, com participação de Lucas Marubo; a segunda, realizada na quarta-feira (4/9), fizemos uma exposição, uma espécie de museu, dos trabalhos realizados no bimestre”, informa Darc Lene Braga Pereira, professora de História e uma das coordenadoras do projeto.

Darc Lene atua em conjunto com a coordenadora Alexsandra Lima Machado Ferro e com o coordenador Matheus Ferreira no planejamento e execução dos projetos pedagógicos. Os trabalhos foram expostos durante o turno vespertino, com salas temáticas e apresentações de jogos indígenas sob a orientação do professor Eduardo Guimarães.”São sete salas de aula e cada sala expôs a partir de uma temática. Por exemplo, numa sala havia exposição de contos, redações; outra sala expôs grafismos; outra, comidas; mais uma com instrumentos que os e as estudantes construíram; e durante a exposição, fizemos, no pátio, apresentação de jogos, que o professor de jogos, o qual é professor de educação física, executou durante todo o bimestre. Ele apresentou três jogos, ‘arranca mandioca’, ‘uca-uca’, ‘galo de briga’ e ‘cabo de guerra'”, diz a professora.

Metodologia

O tema da atividade foi escolhido com a participação da equipe docente e estava atrelado ao objetivo do projeto. “O objetivo principal era o de formar professores e estudantes sobre os povos originários e a relação desses povos com a natureza, no sentido de mostrar que essa relação é imprescindível para a nossa sobrevivência humana. A construção do projeto ocorreu durante as coordenações coletivas e contemplou também  aulas de campo, com a visitação guiada ao Memorial  dos Povos Indígenas e ao  Santuário dos pajés.

A escola tem aproximadamente 20 professores que lecionam para estudantes com idades, no geral, entre 11 e 13 anos. O CEF 02 de Brasília é uma escola pequena com apenas sete salas de aula que abrange do 6º ao 7º ano. A feira foi um projeto interdisciplinar. Segundo a professora, todas as disciplinas, tanto as da BNCC como as do currículo flexível, participaram. Todavia, boa parte das atividades foram direcionadas para o turno vespertino, que era o currículo flexível, já que, à tarde, tínhamos um conjunto de disciplinas voltado para trabalhar de maneira integral com os e as estudantes”.

“No turno matutino, a escola oferta língua portuguesa, e, no vespertino, letramento. Assim, a participação de língua portuguesa foi com produção de contos, redações e histórias; geografia e educação ambiental, trabalharam a questão do território e, educação ambiental também trabalhou com lendas, construiu um amuleto e trabalhou a questão ambiental, abordando a preservação por meio do conteúdo do livro “Ideias para adiar o fim do mundo”, do líder indígena, ambientalista, filósofo, poeta, escritor, Ailton Krenak. Aliás, essa obra foi trabalhada também em língua portuguesa. Em História e CABI, foram trabalhadas sete etnias e foram responsáveis por fazerem o levantamento histórico dessas etnias”, explicou.