Sinpro participa de reunião pública sobre a falta de bibliotecários escolares no DF

Na noite de segunda-feira, 4 de novembro, a Comissão de Educação, Saúde e Cultura (CESC) da Câmara Legislativa promoveu uma reunião pública sobre a falta de bibliotecários escolares no DF. A coordenação dos trabalhos foi do presidente da CESC, deputado distrital Gabriel Magno (PT).

O Sinpro esteve presente na mesa de debates, representado pela diretora Élbia Pires. Além de Élbia e Gabriel, compuseram a mesa o presidente do Conselho Regional de Biblioteconomia – 1, Johnathan Pereira Alves Diniz, e o presidente do Conselho Federal de Biblioteconomia, Fábio Cordeiro.

O parlamentar abriu as discussões sobre o déficit de bibliotecários na rede pública de educação do DF. “As bibliotecas são muito importantes na difusão do livro e da leitura, e nós sabemos que as bibliotecas escolares atendem a comunidade”, apontou Gabriel Magno. “Mas elas têm diminuído a oferta desse serviço porque faltam servidores”, disse.

Em alguns casos, o GDF promove uma substituição de bibliotecários por professores readaptados, o que prejudica a dinâmica da biblioteca e o trabalho de ambos os profissionais. “Os trabalhos se complementam, um não pode substituir o outro, porque o trabalho do professor na biblioteca é pedagógico”, destacou Gabriel.

Para o deputado, o grande problema da educação pública é a falta de recursos, e é, mais uma vez, essa questão que se verifica na falta de bibliotecários e bibliotecárias na rede.

Representando o Sinpro-DF na mesa, a dirigente Élbia Pires concorda. “Hoje, custos do passe livre e da universidade distrital estão inseridos no orçamento da educação básica, mas não deveriam”, enfatizou ela, que já teve experiência na Biblioteca Escolar Comunitária de Planaltina.

Élbia lembrou que 56 bibliotecários aprovados no concurso de 2022 aguardam nomeação. “Se o GDF respeitasse o mínimo constitucional a ser aplicado na educação básica, esses profissionais já estariam trabalhando”, afirmou ela.

“Incentivar o hábito da leitura passa por termos bibliotecas organizadas nas escolas, passa por termos investimento nas estruturas das nossas bibliotecas e nos recursos humanos, passa por termos preocupação com os livros que ali estarão disponíveis”, destacou Élbia. Assim como o deputado Gabriel, a dirigente do Sinpro reafirmou que professores que atuam nas bibliotecas cumprem papel pedagógico, e não estão lá pra assumir o papel dos bibliotecários. “São papeis importantes e que se complementam, um não prescinde do outro”, finalizou.

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