Audiência pública discute combate à violência nas escolas do DF

Autoridades, sindicalistas, professores e alunos reuniram-se na manha desta quarta-feira, dia 18 de maio, para debater e avaliar iniciativas e propostas de ação para combater a violência nas escolas do Distrito Federal e promover a cultura da paz. A discussão foi durante audiência pública proposta pela deputada distrital Rejane Pitanga (PT/DF), realizada no auditório da Câmara Distrital.
Tragédias, como a ocorrida na escola de Realengo/RJ onde um ex-aluno matou 12 crianças, foram citadas nos discursos como exemplo do ponto a que chegamos e da necessidade urgente de medidas para evitar incidências deste tipo. “Se quisermos realmente discutir a violência existente hoje no ambiente escolar, precisamos discutir, e de maneira muito séria, a violência que está presente em toda a sociedade”, afirmou Rejane na abertura do debate.
Ela acredita que a escola deve ser um espaço privilegiado para essa discussão e deve enfrentar e identificar responsabilidades de maneira coletiva.  Para a diretora do Sinpro, Maria Augusta Ribeiro, um ex-aluno deveria amar sua escola, mas é impossível gostar de um lugar se ele é mal-conservado, as carteiras quebradas, os banheiros sujos. Na opinião da diretora, o governo só vai impedir que a violência entre na escola quando priorizar a educação, respeitar e valorizar o profissional e investir na adequação dos estabelecimentos de ensino.
O secretário de Finanças da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Antônio Lisboa, afirmou que ”não é trancando a escola que vamos resolver o problema da violência”. Ele citou casos, como o do centro de ensino do Setor “O” da Ceilândia, onde a abertura da escola para a comunidade, liberando o uso de suas quadras esportivas nos finais de semana, resultou na diminuição da violência. A comunidade, segundo ele, percebeu que aquele espaço público, era dela, se sentiu parte da escola e passou a zelar por ela.
Foi unânime a conclusão de que a promoção da paz e o combate à violência nas escolas só será possível com o comprometimento de todos: poder público, professores, alunos e comunidade.