Arte e acessibilidade marcam o Projeto Libras em Cena no CEF 08 do Gama

Um projeto educacional transformador, desenvolvido no Centro de Ensino Fundamental 08 do Gama – polo para estudantes surdos e com deficiência auditiva – tem se destacado ao usar a arte como ferramenta de inclusão e valorização da Língua Brasileira de Sinais (Libras). O “Libras em Cena”, idealizado pela professora Ivone Ramos, da Sala de Recursos, visa disseminar a Libras no ambiente escolar, especialmente nas turmas mediadas do 6º ao 9º ano, que integram alunos(as) surdos(as) e ouvintes com o apoio de intérpretes.

O ápice do trabalho em 2023 foi marcado por reconhecimento externo: o curta-metragem “O Som das Mãos”, protagonizado por estudantes surdos com participação de ouvintes, conquistou o 2º lugar no 3º Festival de Curtas do Sinpro. A produção é um dos frutos das atividades colaborativas realizadas ao longo do ano letivo.

A culminância do projeto ocorreu em dois dias de eventos que celebraram a Libras como língua de expressão da comunidade surda. Na abertura, o professor e cantor Paulo Soares realizou uma apresentação musical emocionante. Em seguida, familiares e responsáveis assistiram à exibição do curta premiado, prestigiando o protagonismo dos jovens. O momento foi finalizado com apresentações musicais dos próprios estudantes surdos.

No segundo dia, o público pôde ver apresentações musicais conjuntas de alunos surdos e ouvintes e o lançamento do livro “Você Pode!”, da professora aposentada da SEDF Arlene Muniz e da psicóloga Reni Muniz. A obra, que oferece acessibilidade linguística para pessoas surdas, foi complementada com uma apresentação de literatura de cordel feita por Arlene.

O sucesso do “Libras em Cena” é atribuído a um amplo trabalho colaborativo. Envolveram-se a equipe gestora, liderada pela professora Cristiane Alves, a professora itinerante, as salas de recursos, monitores, o professor de Artes William e os intérpretes de Libras, que garantem acessibilidade nas turmas mediadas.

“Cada participação foi essencial para consolidar o projeto como uma experiência transformadora”, destaca a idealizadora, Ivone Ramos. A iniciativa reforça que unir escola, comunidade e arte é um caminho poderoso para construir uma educação verdadeiramente inclusiva e que valoriza a diversidade.

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