Abertura do 13º CTE vê educação como estratégica contra retrocessos e pede Palestina livre

A abertura do 13º Congresso dos Trabalhadores e das Trabalhadoras em Educação – Palestina Livre, nesta sexta-feira (14/11), deu relevância à luta organizada contra todo tipo de retrocesso, por uma educação pública de qualidade, por trabalhadores(as) da educação valorizados(as) e por uma Palestina livre.

 

Mesa de abertura do 13º CTE – Palestina livre | Fotos: Deva Garcia e Joelma Bomfim

 

Na fala dos representantes das entidades parceiras da educação, o fortalecimento da educação pública foi considerado central para mudanças sociais estruturais.

“Se a educação ganha importância nas pautas do governo e da sociedade, teremos um futuro cada vez melhor”, ressalta a diretora do Sinpro, Márcia Gilda.

Se a valorização e o fortalecimento da educação pública é central, a importância do Sinpro como um segmento de resistência a toda tentativa de retrocesso também foi ponto de consenso.

“No trajeto histórico do Distrito Federal e do Brasil, o Sinpro sempre esteve do lado certo, na luta pela educação e contra todo tipo de retrocesso para os trabalhadores e trabalhadoras. Não é por acaso que a nossa entidade está sempre em destaque. Nos momentos históricos mais difíceis, esta categoria cumpriu seu papel e lutou por causas sociais e da educação. Que possamos compreender esta disputa e vencer todo tipo de retrocesso”, disse Rosilene Corrêa, dirigente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE).

Diante dos novos desafios impostos, debater o estatuto do sindicato, adaptando a organização sindical a este novo tempo, é urgente. “É importante que façamos a conjuntura a partir do nosso local de trabalho, principalmente no combate ao crescimento da extrema direita. Para isso, é necessário repensar o estatuto do Sinpro, no sentido de atualizar nossa luta. O Sinpro nunca se negou a fazer a luta e não será agora que vamos recuar”, afirma o presidente da CUT-DF, Rodrigo Rodrigues.

Para Marcos Baratto, do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), avançar significa, também, colocar o DF em “mãos certas”. “É necessário combater o governo Ibaneis e avançar sempre, no que se refere à valorização da educação e dos educadores e no combate a todo tipo de retrocesso. Os professores e orientadores educacionais nunca viraram as costas para esta pauta e precisamos de mais sindicatos e categorias com esta força e dedicação”, analisa.

 

13º CTE lembra que a soberania dos povos fortalece a educação pública | Fotos: Deva Garcia e Joelma Bomfim

 

Também participaram da abertura do 13º CTE o representante a deputada federal Erica Kokay, o deputado federal Reginaldo Veras e o representante da Ubes Hugo Leopoldo.

Palestina Livre

Tema do 13º CTE, a luta por uma Palestina livre compôs os discursos na mesa de abertura. Segundo o secretário da Federação Árabe Palestina (Fepal), Robson Cardoch Valdez, o tema discutido no congresso dialoga profundamente com a luta da sociedade e do povo palestino.

“Defender uma Palestina livre é lutar pelo respeito aos direitos humanos, por uma sociedade justa e por um mundo onde as pessoas são respeitadas. Para isso, uma educação emancipadora é fundamental para o respeito a este povo tão maltratado e pela liberdade de todos os povos subjugados.”

 

Entenda o conflito

O conflito israelo-palestino é uma disputa complexa e de longa data, centrada na disputa por território, identidade nacional e direitos históricos e religiosos. Tem raízes no início do século XX e se intensificou após a criação do Estado de Israel em 1948, resultando em sofrimento contínuo e crises humanitárias para o povo palestino.

O povo palestino vive em grande parte como refugiado (mais de 14 milhões em todo o mundo) ou sob ocupação militar em condições precárias na Cisjordânia e na Faixa de Gaza. As principais consequências para os palestinos incluem ausência de um Estado soberano, crises humanitárias com milhares de mortes, deslocamentos forçados e uma série de outras desumanidades.