Inundação no Centro de Ensino Myrian Ervilha

No dia cinco de abril o Centro de Ensino Fundamental Myrian Ervilha, da Diretoria Regional de Ensino de Samambaia foi inundado pela quarta vez este ano. As fortes chuvas aliada a existência de problema ambientais antigos, a existência de um condomínio no local e a falta de infra estrutura básica na região, tem gerado além do problema que se agrava, a falta de segurança dentro e fora da escola. O excesso de chuvas compromete a unidade escolar que este ano completa 49 anos de fundação e corre o risco de desabar. Além da força da enxurrada, o esgoto corre a céu aberto permanentemente na porta da escola.
Em reunião na quarta-feira(6/4) uma comissão de professores da escola e os diretores do Sinpro, Cláudio Antunes e Elaine Amâncio foram recebidos pelo assessor da secretária de Educação, Professor Clerton Evaristo. Ele se comprometeu em dar uma posição oficial até terça-feira(12), sobre a liberação do muro e da contenção das águas pluviais do local. Projeto que já foi licitado pelo governo anterior, segundo o assessor mas, ainda precisa da confirmação da empresa que finaliza a avaliação dos valores para sua execução. Leia abaixo o resumo da reunião com a comunidade:

CEF Myriam Ervilha: problemas antigos continuam sem solução
O Centro de Ensino Fundamental Myriam Ervilha, pertencente à Diretoria Regional de Ensino de Samambaia aproxima-se de 49 anos de existência, marcados por grandes problemas, também antigos, que nunca são solucionados. Entre eles, a insegurança dentro e fora da escola, com o risco de desabamento por causa das constantes inundações de água, esgoto e lama e a ausência total de policiamento, que deixa a comunidade escolar vulnerável a todo tipo de ataque. Não confundimos segurança com força policial, mas sem a polícia, o cenário fica favorável ao assalto, venda, consumo de drogas e assassinato.
Outro problema que faz aniversário com a escola é a ausência de muro. Sem muro, entra quem quer, confia quem tem juízo. É um sonho e um desejo que todas as escolas não precisassem de muro, mas a violência generalizada diz o contrário. Portanto, para se discutir sobre a violência na escola, deve-se inevitavelmente refletir sobre a violência fora da escola e a violência institucional, que ultraja o trabalhador (a). O olhar para fora da escola é condição para uma compreensão mais ampla da situação de violência.
Essa escola já teve uma incursão de várias representações (Sindicato dos Professores, associação de moradores, batalhão escolar, administração de Samambaia, Direção da DRE/Samambaia, Secretaria de Estado de Educação do DF, Deputada Rejane Pitanga..) para discutir sobre nossa pauta de reivindicação. De acordo com informação, a Secretária de Educação Regina Vinhaes recebeu nossa pauta por meio da Deputada Rejane Pitanga e há uma morosidade diante do que pleiteamos.
Diga-se de passagem: não mendigamos esmolas, mas direitos. E direitos são inalienáveis, nunca dádivas. Consideramos também que os bens públicos, inclusive as verbas, não são propriedades de nenhuma liderança política, por essa e outras razões não se dá cidadania, nem esmolas, mas reconhecem-se direitos. Por outro lado, respeitamos o processo de discussão e não invalidamos o que vem sendo feito pela intermediação (Rejane Pitanga e outras lideranças), mas exigimos maior urgência para soluções de problemas que completarão 49 anos.
Há uma mobilização de docentes da Rede Pública de Ensino do Distrito Federal visando a melhoria da qualidade educacional, promovida pelo SINPRO-DF. Esse movimento tem a compreensão de que a melhoria salarial da categoria é uma das questões importantes dentro de um conjunto de reivindicações como Gestão Democrática da escola pública e demais instâncias pedagógicas e administrativas, incluindo uma Gestão Democrática sistema educacional como um todo, melhoria das condições de trabalho, plano de saúde decente, plano de moradia, recursos destinados à educação para que haja de fato investimento, escola para todos os alunos (as) com qualidade, segurança na escola, enfim, respeito aos profissionais da educação.
Com essa percepção, o delegado sindical da escola fez a discussão com os professores (as), direção e auxiliares da educação no sentido de se discutir com alunos (as) sobre a mobilização de docentes com a seguinte questão Por que precisamos apoiar a mobilização dos professores (as)? Essa questão-chave seria discutida com todos os alunos (as) nos três turnos, no primeiro horário, sendo apresentados pontos que consideramos atrativos para aglutinar forças: A qualidade da educação passa pela mobilização de toda a comunidade escolar para buscar melhorias que compreendem: escola murada, escola com segurança, nova escola, quadro branco, verba para educação/escola, condições de trabalho de docentes e auxiliares da educação e direção escolar e valorização de docentes e de todas as categorias profissionais da educação. Estava também já acordado que faríamos o bilhete aos pais convidando para refletir sobre esses problemas acima citados a partir da pergunta-chave e com o vídeo: Profissão Professor, além de Jornal Sinpro Cidadão com mensagens sobre a mobilização geral dos professores (as).
Fato curioso, providencial, foi a chuva torrencial que ocorreu na terça-feira dia 5 de abril de 2011, trazendo para dentro da escola lama, esgoto e água suja com todo tipo de doença possível. Diante do quadro renitente e vergonhoso, o delegado sindica da escola fez a seguinte proposta ao grupo de professores (as), auxiliares da educação e direção: cruzar os braços e chamar a comunidade escolar para o debate. Aceito por unanimidade, agimos da seguinte maneira: convidamos um senhor que faz trabalho de som para passar na região Água Quente convidando a comunidade para a discussão sobre os problemas gerais da escola e mobilização de docentes. Feito isso, começamos a reunião às 15: 30 do dia 06 de abril de 2011, no pequeno pátio da escola com a presença de mais ou menos 160 pessoas envolvendo pais, mães, alunos (as), professores (as), direção, orientadora educacional, apoio da secretaria escolar, coordenação pedagógica, Terezinha(Diretora da DRE/Samambaia), Selassier (Assistente de Direção da DER/Samambaia), Rita e Josefa (Diretoras do SAE), Raimundo Nonato ( Prefeito Comunitário e aluno da EJA), Cláudio Antunes e Elaine Amancio (Diretores do SINPRO-DF), José Roberto de Lima Bueno(Assessor Especial de Comunicação da SEEDF) e outras lideranças comunitárias. A TV Globo – DF TV fez a cobertura jornalística.
A reunião foi coordenada pelo delegado sindical do CEF Myriam Ervilha, que apresentou a pauta de discussão: qualidade da educação, mobilização sobre as condições da escola, espaço para a comunidade falar e o que fazer (encaminhamentos). O diálogo se deu com a fala de Raimundo Nonato (prefeito comunitário e aluno da EJA), Ronaldo (aluno da EJA),Terezinha – Diretora da DRE/Samambaia, Cláudio Antunes – Sinpro-DF, Rita e Josefa(SAE), José Roberto – Assessor Especial de Comunicação SEEDF, Mateus Machado – Assistente Pedagógico da Escola, Ruberval Valcan – Coordenador Pedagógico, Tatiana – professora e algumas mães.
Após as reflexões, fez-se o encaminhamento, passando o que contemplou as propostas de Cláudio Antunes (Sinpro-DF) e Josefa (SAE): 1. Criar uma comissão de discussão e encaminhamento permanente com vários segmentos da comunidade escolar. 2. Caso não haja um retorno positivo e que contemple as necessidades da escola, o SINPRO-DF disponibilizará ônibus para levar uma grande quantidade da comunidade escolar até o Palácio do Buriti para sensibilizar o governador. 3. A equipe acertou de se reunir na Sede do Sindicato dos Professores no dia 07/04/2011, às 10h, com o advogado, para formular e protocolar uma representação encaminhada ao Ministério Público, Secretaria de Educação e Governador do Distrito Federal explicitando a demanda da comunidade escolar do CEF Myriam Ervilha. Ademais, o que ficou enfático na reunião foi a NECESSIDADE DE UMA NOVA ESCOLA NA REGIÃO ÁGUA QUENTE E DEMOLIÇÃO DO CEF MYRIAM ERVILHA O MAIS URGENTE POSSÍVEL. Cabe ao poder executivo fazer valer a Constituição Federal, LDB 9394/1996 e a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Para refletirmos, cabe o pensamento de Thiago de Melo que diz “Não há nada de novo, o que há de novo é o jeito de andar”, mas qual o jeito de andar da Secretaria de Educação e do Governo do Distrito Federal?
CRISTINO CESÁRIO ROCHA – DELEGADO SINDICAL
Samambaia – DF, 07 de abril de 2011.
No dia cinco de abril o Centro de Ensino Fundamental Myrian Ervilha, da Diretoria Regional de Ensino de Samambaia foi inundado pela quarta vez este ano. As fortes chuvas aliada a existência de problema ambientais antigos, a existência de um condomínio no local e a falta de infra estrutura básica na região, tem gerado além do problema que se agrava, a falta de segurança dentro e fora da escola. O excesso de chuvas compromete a unidade escolar que este ano completa 49 anos de fundação e corre o risco de desabar. Além da força da enxurrada, o esgoto corre a céu aberto permanentemente na porta da escola.
Em reunião na quarta-feira(6/4) uma comissão de professores da escola e os diretores do Sinpro, Cláudio Antunes e Elaine Amâncio foram recebidos pelo assessor da secretária de Educação, Professor Clerton Evaristo. Ele se comprometeu em dar uma posição oficial até terça-feira(12), sobre a liberação do muro e da contenção das águas pluviais do local. Projeto que já foi licitado pelo governo anterior, segundo o assessor mas, ainda precisa da confirmação da empresa que finaliza a avaliação dos valores para sua execução. Leia abaixo o resumo da reunião com a comunidade:
CEF Myriam Ervilha: problemas antigos continuam sem solução
O Centro de Ensino Fundamental Myriam Ervilha, pertencente à Diretoria Regional de Ensino de Samambaia aproxima-se de 49 anos de existência, marcados por grandes problemas, também antigos, que nunca são solucionados. Entre eles, a insegurança dentro e fora da escola, com o risco de desabamento por causa das constantes inundações de água, esgoto e lama e a ausência total de policiamento, que deixa a comunidade escolar vulnerável a todo tipo de ataque. Não confundimos segurança com força policial, mas sem a polícia, o cenário fica favorável ao assalto, venda, consumo de drogas e assassinato.
Outro problema que faz aniversário com a escola é a ausência de muro. Sem muro, entra quem quer, confia quem tem juízo. É um sonho e um desejo que todas as escolas não precisassem de muro, mas a violência generalizada diz o contrário. Portanto, para se discutir sobre a violência na escola, deve-se inevitavelmente refletir sobre a violência fora da escola e a violência institucional, que ultraja o trabalhador (a). O olhar para fora da escola é condição para uma compreensão mais ampla da situação de violência.
Essa escola já teve uma incursão de várias representações (Sindicato dos Professores, associação de moradores, batalhão escolar, administração de Samambaia, Direção da DRE/Samambaia, Secretaria de Estado de Educação do DF, Deputada Rejane Pitanga..) para discutir sobre nossa pauta de reivindicação. De acordo com informação, a Secretária de Educação Regina Vinhaes recebeu nossa pauta por meio da Deputada Rejane Pitanga e há uma morosidade diante do que pleiteamos.
Diga-se de passagem: não mendigamos esmolas, mas direitos. E direitos são inalienáveis, nunca dádivas. Consideramos também que os bens públicos, inclusive as verbas, não são propriedades de nenhuma liderança política, por essa e outras razões não se dá cidadania, nem esmolas, mas reconhecem-se direitos. Por outro lado, respeitamos o processo de discussão e não invalidamos o que vem sendo feito pela intermediação (Rejane Pitanga e outras lideranças), mas exigimos maior urgência para soluções de problemas que completarão 49 anos.
Há uma mobilização de docentes da Rede Pública de Ensino do Distrito Federal visando a melhoria da qualidade educacional, promovida pelo SINPRO-DF. Esse movimento tem a compreensão de que a melhoria salarial da categoria é uma das questões importantes dentro de um conjunto de reivindicações como Gestão Democrática da escola pública e demais instâncias pedagógicas e administrativas, incluindo uma Gestão Democrática sistema educacional como um todo, melhoria das condições de trabalho, plano de saúde decente, plano de moradia, recursos destinados à educação para que haja de fato investimento, escola para todos os alunos (as) com qualidade, segurança na escola, enfim, respeito aos profissionais da educação.
Com essa percepção, o delegado sindical da escola fez a discussão com os professores (as), direção e auxiliares da educação no sentido de se discutir com alunos (as) sobre a mobilização de docentes com a seguinte questão Por que precisamos apoiar a mobilização dos professores (as)? Essa questão-chave seria discutida com todos os alunos (as) nos três turnos, no primeiro horário, sendo apresentados pontos que consideramos atrativos para aglutinar forças: A qualidade da educação passa pela mobilização de toda a comunidade escolar para buscar melhorias que compreendem: escola murada, escola com segurança, nova escola, quadro branco, verba para educação/escola, condições de trabalho de docentes e auxiliares da educação e direção escolar e valorização de docentes e de todas as categorias profissionais da educação. Estava também já acordado que faríamos o bilhete aos pais convidando para refletir sobre esses problemas acima citados a partir da pergunta-chave e com o vídeo: Profissão Professor, além de Jornal Sinpro Cidadão com mensagens sobre a mobilização geral dos professores (as).
Fato curioso, providencial, foi a chuva torrencial que ocorreu na terça-feira dia 5 de abril de 2011, trazendo para dentro da escola lama, esgoto e água suja com todo tipo de doença possível. Diante do quadro renitente e vergonhoso, o delegado sindica da escola fez a seguinte proposta ao grupo de professores (as), auxiliares da educação e direção: cruzar os braços e chamar a comunidade escolar para o debate. Aceito por unanimidade, agimos da seguinte maneira: convidamos um senhor que faz trabalho de som para passar na região Água Quente convidando a comunidade para a discussão sobre os problemas gerais da escola e mobilização de docentes. Feito isso, começamos a reunião às 15: 30 do dia 06 de abril de 2011, no pequeno pátio da escola com a presença de mais ou menos 160 pessoas envolvendo pais, mães, alunos (as), professores (as), direção, orientadora educacional, apoio da secretaria escolar, coordenação pedagógica, Terezinha(Diretora da DRE/Samambaia), Selassier (Assistente de Direção da DER/Samambaia), Rita e Josefa (Diretoras do SAE), Raimundo Nonato ( Prefeito Comunitário e aluno da EJA), Cláudio Antunes e Elaine Amancio (Diretores do SINPRO-DF), José Roberto de Lima Bueno(Assessor Especial de Comunicação da SEEDF) e outras lideranças comunitárias. A TV Globo – DF TV fez a cobertura jornalística.
A reunião foi coordenada pelo delegado sindical do CEF Myriam Ervilha, que apresentou a pauta de discussão: qualidade da educação, mobilização sobre as condições da escola, espaço para a comunidade falar e o que fazer (encaminhamentos). O diálogo se deu com a fala de Raimundo Nonato (prefeito comunitário e aluno da EJA), Ronaldo (aluno da EJA),Terezinha – Diretora da DRE/Samambaia, Cláudio Antunes – Sinpro-DF, Rita e Josefa(SAE), José Roberto – Assessor Especial de Comunicação SEEDF, Mateus Machado – Assistente Pedagógico da Escola, Ruberval Valcan – Coordenador Pedagógico, Tatiana – professora e algumas mães.
Após as reflexões, fez-se o encaminhamento, passando o que contemplou as propostas de Cláudio Antunes (Sinpro-DF) e Josefa (SAE): 1. Criar uma comissão de discussão e encaminhamento permanente com vários segmentos da comunidade escolar. 2. Caso não haja um retorno positivo e que contemple as necessidades da escola, o SINPRO-DF disponibilizará ônibus para levar uma grande quantidade da comunidade escolar até o Palácio do Buriti para sensibilizar o governador. 3. A equipe acertou de se reunir na Sede do Sindicato dos Professores no dia 07/04/2011, às 10h, com o advogado, para formular e protocolar uma representação encaminhada ao Ministério Público, Secretaria de Educação e Governador do Distrito Federal explicitando a demanda da comunidade escolar do CEF Myriam Ervilha. Ademais, o que ficou enfático na reunião foi a NECESSIDADE DE UMA NOVA ESCOLA NA REGIÃO ÁGUA QUENTE E DEMOLIÇÃO DO CEF MYRIAM ERVILHA O MAIS URGENTE POSSÍVEL. Cabe ao poder executivo fazer valer a Constituição Federal, LDB 9394/1996 e a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Para refletirmos, cabe o pensamento de Thiago de Melo que diz “Não há nada de novo, o que há de novo é o jeito de andar”, mas qual o jeito de andar da Secretaria de Educação e do Governo do Distrito Federal?
CRISTINO CESÁRIO ROCHA – DELEGADO SINDICAL
Samambaia – DF, 07 de abril de 2011.